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Brasil
Postada em 21/12/2015 14:36 | Por Todo Segundo

Cunha reúne líderes para tratar de impeachment às vésperas do recesso

Supremo decidiu anular votação secreta que elegeu comissão especial
Cunha reúne líderes para tratar de impeachment às vésperas do recesso - Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Às vésperas do início do recesso parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convocou para esta segunda-feira (21), às 17h, uma reunião com os líderes partidários para discutir os próximos passos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular a votação secreta que elegeu uma chapa alternativa, formada por parlamentares da oposição, para compor a comissão especial que analisará o caso. O tribunal decidiu que a eleição deve ser aberta e com apenas uma chapa, composta por deputados indicados pelos líderes de cada partido.

Após o julgamento, Cunha disse que iria estudar a apresentação de recurso, chamado de embargo de declaração, para esclarecer pontos que, segundo ele, não ficaram claros. Ele argumenta, por exemplo, não saber como proceder caso a chapa oficial seja rejeitada pelo plenário.

Dependendo do que for discutido na reunião de segunda, poderá ser convocada uma sessão deliberativa, ainda com pauta a ser definida, para a tarde de terça-feira (22). Mesmo que a sessão seja marcada, a possibilidade de não haver quórum é grande, uma vez que os deputados já retornaram para os seus estados de origem no fim da semana passada.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também convocou para a tarde de terça uma sessão, que pode deixar de ser realizada pelo mesmo motivo. Um dos itens que poderiam entrar na pauta é o recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) questionando a decisão do Conselho de Ética de não conceder pedida de vista (mais tempo para análise) do parecer preliminar sobre o caso do presidente da Câmara. A continuidade das investigações acabou aprovada na semana passada.

Senado
Apesar de o recesso parlamentar começar oficialmente apenas na quarta-feira (23), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou as atividades da Casa na última semana.

 Na quinta-feira (17), Renan declarou que o ano legislativo havia terminado e confirmou que não convocará os parlamentares durante o recesso – que termina em 2 de fevereiro.

Na quinta, Renan fez um discurso de balanço no plenário, no qual disse que o ano de 2015 não começou e nem terminou. Antes de encerrar sua fala, o presidente do Senado disse que, nesta segunda e terça, haverá obras de recuperação no banheiro feminino. "Por isso, nós não vamos funcionar", justificou.

Na semana passada, o Congresso conseguiu aprovar tanto a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que serve como base para a elaboração do Orçamento, quanto o próprio Orçamento de 2016, com a estimativa de receitas e fixa as despesas para o ano que vem.

Entre outros pontos, o texto do Orçamento prevê arrecadação federal com a criação da nova CPMF e estabelece que a meta de superávit primário (economia que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida) será de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões – desse valor, R$ 24 bilhões representam a meta do governo federal, enquanto R$ 6,5 bilhões são a meta de estados e municípios.

Do G1
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