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Brasil
Postada em 16/08/2016 18:14 | Por Todo Segundo

Dilma reafirma que impeachment é "golpe" e reforça apoio a plebiscito sobre novas eleições

Presidente afastada reafirmou seu compromisso com democracia e defendeu reforma eleitoral
Dilma reafirma que impeachment é "golpe" e reforça apoio a plebiscito sobre novas eleições - Foto: Divulgação
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) leu nesta terça-feira (16) uma mensagem ao Senado Federal em que reafirma que o processo de impeachment contra ela, em curso no Congresso Nacional, é um golpe porque não há provas de supostos crimes de responsabilidade.

A petista disse que, "se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado". Segundo Dilma, "o colégio eleitoral seria substituído por um colégio eleitoral de 81 senadores, seria inequívoco golpe, seriam eleições indiretas".

— Será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso de que não houve crime de responsabilidade, sou inocente. No presidencialismo, não basta a desconfiança política para afastar um presidente. Há que se confirmar um crime de responsabilidade. Não é legítimo afastar um chefe de Estado e de governo pelo conjunto da obra, [...] quem o faz é o povo nas eleições.

A petista disse também que está convencida da necessidade de o País realizar um plebiscito para apurar junto à população a necessidade de novas eleições presidenciais.

— A democracia é o único caminho para a construção de um pacto para a unidade nacional. É o único caminho para sairmos da crise, por isso a importância de assumirmos um compromisso com um plebiscito e a reforma política. [...] Estou convencida da necessidade e darei apoio a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a eleição antecipada e a reforma eleitoral.

Afastada desde maio deste ano por decisão do Congresso, Dilma rdsse que o "retorno à Presidência por decisão do Senado Federal reafirmará o estado democrático de direito e poderá contribuir para uma nova e promissora realidade política". Nesses mais de três meses de distância do Palácio do Planalto, Dilma disse que foi às ruas para ouvir a população.

— Me aproximei do povo, tive a oportunidade e ouvir e receber carinho. Recebi também críticas duras ao meu governo. Acolho essas críticas com humildade de determinação para que possamos construir um novo caminho.

Dilma encerrou a fala dizendo que "não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente".

— Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter de resistir à fraude e à mais infame injustiça. Quem deve decidir o futuro do país é o nosso povo. A democracia há de vencer.

O julgamento final de Dilma Rousseff no Senado Federal está marcado para começar no dia 25 de agosto, uma quinta-feira. São necessários 54 votos dos 81 senadores para selar a decisão da Câmara dos Deputados e retirar a petista do governo em definitivo.

Do R7
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