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Brasil
Postada em 15/04/2016 20:23 | Por Todo Segundo

Dilma suspende pronunciamento em rádio e TV

Presidente ainda cogita se posicionar no sábado em cadeia nacional ou pelas redes sociais
Dilma suspende pronunciamento em rádio e TV - Foto: Agência Brasil

Agência Estado

A presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar o pronunciamento que faria em rede nacional de rádio e TV na noite desta sexta-feira, 15. Segundo fontes do Palácio do Planalto, o governo ainda vai avaliar se a fala da presidente vai ser exibida no sábado ou domingo ou se vai apenas ser divulgada nas redes sociais. Dilma iriar reafirmar que não há motivos para o impeachment e quem o apoiar terá a "marca" do golpe.

Inicialmente, a Secretaria de Comunicação Governo tinha planejado exibir o pronunciamento às 20h20 desta sexta-feira (15). O ato, às vésperas da votação do processo de impeachment na Câmara fez com que o Solidariedade entrasse na Justiça para questionar se a presidente poderia usar o expediente para fins pessoais.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, esteve com Dilma no Palácio do Planalto e alertou para o fato de que eles poderiam ter problemas no futuro caso o pronunciamento fosse exibido. Apesar de defender que ela tem a prerrogativa de fazer convocação de cadeia de rádio e TV, o governo preferiu, neste momento, ser mais cauteloso para evitar qualquer tipo de questionamento.

Também havia o temor, entre aliados da presidente, de que a fala de Dilma causasse uma onda de panelaços e protestos, o que poderia criar um efeito negativo e influenciar deputados indecisos a votar a favor do impeachment no domingo.

A intenção de Dilma no vídeo era reafirmar o discurso de que o impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. No vídeo, de cerca de oito minutos, ela também atacaria indiretamente o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamando-os novamente de "conspiradores".

A presidente também iria pedir para que a população conversasse com os parlamentares nas suas cidades para pedir a eles que votassem contra o seu afastamento e, assim, não deixassem de "respeitar a democracia" e a "Constituição".
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