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Brasil
Postada em 28/07/2015 20:30 | Por Todo Segundo

Lava Jato: “Corrupção não está restrita à Petrobras”, diz Ministério Público

Operação acha suposto pagamento de propina entre empresa do setor elétrico e empreiteiras
Lava Jato: “Corrupção não está restrita à Petrobras”, diz Ministério Público - Foto: Divulgação
Pela primeira vez desde seu início em março de 2014, a Operação Lava Jato identificou supostos esquemas de corrupção e pagamento de propina em outra área da economia que não a exploração de petróleo e gás, sobretudo na Petrobras. Os procuradores federais e os agentes da PF (Polícia Federal) encontraram irregularidades no setor elétrico.

Nesta terça-feira (28), o MPF (Ministério Público Federal) e a PF (Polícia Federal) prenderam duas pessoas e cumpriram mandados de busca e apreensão e condução coercitiva por causa de supostos crimes flagrados entre executivos de empreiteiras e a Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares brasileiras em Angra dos Reis (RJ).

O MPF estima que o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, recebeu R$ 4,5 milhões em propina entre 2009 e 2014. O procurador federal Athayde Ribeiro Costa admitiu que as investigações apontam que o setor elétrico brasileiro também é vítima da corrupção no País.

— A gente dá um passo e mostra que a corrupção não está restrita à Petrobras, mas há indicativos de que a corrupção se espalhou para outras áreas de atuação da administração pública.

Costa detalhou que os repasses de propinas ocorreram de 2009 a 2014, sempre “imediatamente após a Andrade Gutierrez receber valores ou após a Engevix receber valores e enviar para essas empresas”.

— O Brasil passa por um momento difícil. Temos que tentar mudar o sistema, tentando aprovar medidas de combate à corrupção. [...] Hoje a corrupção no Brasil é um crime que compensa porque o investigado normalmente sai impune.

Hoje de manhã, Othon Luiz Pinheiro da Silva foi preso em casa, no Rio de Janeiro. Ele estava afastado do cargo de presidente da Eletronuclear desde 29 de abril, após ser citado na Lava Jato por possíveis irregularidades em contratos para a construção da usina nuclear Angra 3.

O executivo Flávio David Barra, responsável pela divisão de energia da Andrade Gutierrez, também foi preso por agentes da PF. Os dois tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR). O delegado da PF Igor Romário de Paula informou que os detidos deverão ser levados para a capital paranaense ainda hoje.

— Com relação aos presos, eles chegam hoje a Curitiba por volta das 20h ou 20h30. É uma prisão inicialmente por cinco dias e a intenção é que sejam ouvidos o quanto antes.

Do R7
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