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Postada em 01/07/2016 14:52 | Por Todo Segundo

Lava Jato: PF faz busca e apreensão na casa do dono da JBS

Joesley Batista teve residência revirada por agentes federais. Amigo de Cunha foi preso na ação
Lava Jato: PF faz busca e apreensão na casa do dono da JBS - Foto: Divulgação
O empresário Joesley Batista, que é dono do grupo JBS, controlador da Friboi, teve a sua casa em São Paulo, nos Jardins, bairro nobre da zona sul da capital, revirada pela PF (Polícia Federal) nesta sexta-feira (1º). A JBS é uma das empresas do conglomerado J&F.

A ação é parte da Operação Sépsis, um desdobramento da Lava Jato autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Três carros oficiais saíram pela porta principal da sede e ninguém conversou com a imprensa.

A Eldorado Celulose, controlada pela J&F, também foi alvo da Sépsis. Em nota à imprensa, a Eldorado, empresa do setor de celulose, informou que desconhece as razões e o objetivo desta ação e que prestou todas as informações solicitadas.

O prédio abriga outras empresas controladas da J&F, entre elas, a JBS, que é detentora da marca Friboi.

Mais cedo, o jornal Folha de S.Paulo informou que a sede da JBS também foi alvo dos agentes federais, o que foi desmentido em nota pela assessoria da empresa. No comunicado, a JBS disse que "a Companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje". A assessoria da PF não confirma os alvos da Operação Sépsis.

Ainda de acordo com o jornal, o herdeiro da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino, também teve sua residência revirada pela PF.

Ao todo, os agentes federais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão e um de prisão — o único detido foi o doleiro Lúcio Funaro, que é amigo pessoal e suposto operador de propinas do presidente afastado da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A operação de hoje da PF surgiu após aval do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e tem como base as delações premiadas do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e do ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas, Nelson Mello.

Existe a suspeita de que a JBS pagou propina, via Funaro, para conseguir recursos do FI-FGTS (fundo de investimentos do FGTS).

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas seguintes cidades: dez em São Paulo (SP), além da prisão de Funaro; um em Sorocaba (SP); um em Lins (SP); três em Recife (PE); dois no Rio de Janeiro (RJ); e dois em Brasília (DF).

A PF explicou que o nome Sépsis para a operação é uma referência "ao quadro de infecção generalizada, quando um agente infeccioso afeta mais de um órgão".
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