O Conselho Nacional do Ministério Público aceitou nesta quarta-feira uma representação feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a conduta do procurador da República do Distrito Federal (DF), Valtan Mendes Furtado.

Foi o procurador quem determinou uma investigação criminal contra Lula, por suspeita de tráfico de influência no Brasil e no exterior para obras da construtora Odebrecht. A decisão de abrir o procedimento disciplinar ficará a cargo do corregedor do Ministério Público Alessandro Assad.

Furtado tem 10 dias para apresentar esclarecimentos e a análise do corregedor deve ser feita somente depois deste prazo.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em nota que a abertura de uma investigação contra ele é um procedimento “irregular, intempestivo e injustificado”. Lula já declarara, na quinta-feira, que iria tomar “medidas cabíveis para corrigir essa arbitrariedade no âmbito do próprio Ministério Público, sem prejuízo de outras providências juridicamente cabíveis”.

Foi no mesmo dia que o Ministério Público Federal do Distrito Federal abriu o inquérito para investigar Lula.

A suspeita de tráfico de influência internacional surgiu devido a viagens feitas por Lula custeadas pela Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, em troca de favorecimento para a construtora.

Entre os países visitados pelo ex-presidente com patrocínio da maior construtora brasileira estão Cuba, República Dominicana, Gana e Angola.

Em nota, o Instituto Lula disse que "recebeu a notícia da abertura do inquérito com surpresa porque já entregou todas as informações solicitadas pela procuradora Mirella de Carvalho".

Da Band com BandNews FM