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Brasil
Postada em 07/07/2016 08:04 | Por Todo Segundo

PF cumpre mandatos de busca na 32ª fase da Lava Jato

São sete pedidos de condução coercitiva. Operação ganhou o nome de Caça-Fantasmas
PF cumpre mandatos de busca na 32ª fase da Lava Jato - Foto: Divulgação
A PF (Polícia Federal) está cumprindo, na manhã desta quinta-feira (7), mandatos judiciais da 32ª fase da operação Lava Jato. As ações são em São Paulo, São Bernardo (no ABC paulista) e Santos (SP). Não há pedidos de prisão.

Foram expedidos 17 ordens judiciais, sendo sete conduções coercitivas, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 10 mandados de busca e apreensão. Cerca de 60 policiais integram a ação.

A operação foi batizada como Caça-Fantasmas, e o alvo principal é Edson Paulo Fanton, representante do FP Bank, do Panamá, no Brasil. Edson Fanton é parente de um delegado da PF. Trata-se de um desdobramento da 22ª fase da Lava Jato, que mirou a empresa panamenha Mossack Fonseca.

De acordo com a PF, a Caça-Fantasmas identificou que a instituição financeira panamenha atuaria no Brasil, sem autorização do Banco Central, com o objetivo de abrir e movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional.

Ademais, há elementos de que o banco, ao funcionar como uma verdadeira agência de private banking no Brasil, tinha como produto, também, a comercialização de empresas offshore (firmas abertas em paraísos fiscais) via Mossack Fonseca, que fazia o registro dessas empresas no exterior.

A Mossack Fonseca também está no centro do escândalo mundial Panamá Papers, um esquema de ocultação de recursos usado por centenas de autoridades e celebridades de dezenas de países, revelado este ano por um consórcio internacional de jornalistas.

Nesta fase da Lava Jato, a PF apura crimes contra o sistema financeiro nacional, a lavagem de ativos e a formação de organização criminosa internacional. O nome Caça-Fantasmas foi escolhido por causa do objetivo da operação: revelar a extensão da atuação e a clientela oculta da instituição financeira panamenha.

Os investigados estão sendo levados às sedes da PF nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Como se trata de situações de conduções coercitivas, os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso.

Do R7
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