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Brasil
Postada em 10/12/2015 21:13 | Por Todo Segundo

Rede entra com nova representação pedindo afastamento de Cunha

Partido acusa Cunha de realizar manobra para adiar processo contra ele no Conselho de Ética
Rede entra com nova representação pedindo afastamento de Cunha - Foto: Frame/Estadão Conteúdo

Reuters

A Rede entrou com nova representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) pedindo o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do comando da Casa, disse nesta quinta-feira (10) o líder do partido na Câmara, Alessandro Molon (RJ).

Na representação, o partido aponta a retirada pela Mesa Diretora da Câmara do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) da relatoria do processo que pede a cassação do mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa como uma manobra do peemedebista para adiar o processo.

"A destituição do relator do processo contra o deputado Eduardo Cunha evidenciou o quanto ele pode interferir no Conselho de Ética, que infelizmente não está imune às suas manobras", disse Molon, segundo sua assessoria.

— Diante deste novo fato, a Rede entrou com uma outra representação na Procuradoria-Geral da República cobrando o afastamento imediato de Cunha. É fundamental que o Poder Judiciário tome uma providência para pôr fim ao flagrante desrespeito às regras democráticas.

Na véspera, deputados da Rede e do PSOL já haviam entrado com outra representação na PGR pedindo que o órgão busque o afastamento de Cunha da presidência da Câmara no STF (Supremo Tribunal Federal). De acordo com os dois partidos, que assinam a representação contra Cunha no Conselho de Ética, o presidente da Câmara tem usado as prerrogativas do cargo para "safar-se dos crimes cometidos".

Cunha, que é alvo de processo proposto pela Rede e pelo PSOL no Conselho de Ética da Câmara que busca a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar, chegou a convocar uma sessão do plenário da Casa enquanto o Conselho de Ética discutia o processo contra ele, o que revoltou os adversários.

Ele também aceitou um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff após os três integrantes do PT no Conselho de Ética anunciarem que votariam contra ele no colegiado.

O peemedebista é acusado de mentir à CPI da Petrobras ao afirmar que não tinha contas bancárias no exterior. Documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência de contas em nome de Cunha e de familiares no país europeu.

O presidente da Câmara também responde a inquérito no STF devido a essas contas e foi, ainda, denunciado pela PGR ao Supremo acusado de receber 5 milhões de dólares de propina do esquema de corrupção na Petrobras.
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