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Brasil
Postada em 11/10/2016 18:05 | Por Todo Segundo

Reforma da Previdência também deverá atingir aposentadoria de políticos

Presidente fala ainda que funcionalismo público e INSS serão tratados com igualdade
Reforma da Previdência também deverá atingir aposentadoria de políticos - Foto: Divulgação
Do R7

Ainda faltam algumas etapas para o governo ter sucesso na aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) do teto dos gastos públicos no Congresso, mas o próximo item da agenda do Palácio do Planalto será a reforma da Previdência. Em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira (11), o presidente Michel Temer garantiu que as modificações virão para todos, incluindo os políticos, que recebem aposentadoria especial.

— [A reforma] será geral, ela deverá atingir a todos, sem dúvida alguma. Aliás, essa coisa da aposentadoria dos políticos já começou a ser esboçada e, evidentemente, nós vamos fazer uma coisa equânime, para atingir todos os setores. Não vamos diferenciar mais os setores.

Ele acrescentou que os regimes de aposentadoria do INSS e de servidores públicos não será mais diferenciado.

— Por exemplo, não haverá mais distinção entre a previdência geral e dos trabalhadores do serviço público. Esse é um ponto que já está definido.

— Mas nós vamos fazer todos os esclarecimentos possíveis. [...] Se não fizer alguma coisa nessa direção, daqui a dez anos o cidadão vai bater nas portas do poder público e não terá dinheiro para pagar [as aposentadorias].

O presidente falou que vai analisar com calma a questão da Previdência quando retornar da viagem que fará à Ásia, entre os dias 13 e 20 deste mês. Ele disse que recebeu “um primeiro esboço” do texto, mas não quis entrar em detalhes sobre a idade mínima para aposentadoria.


Questionado sobre a votação da PEC na Câmara, no começo da madrugada de hoje, o presidente se mostrou confiante quanto às articulações feitas junto aos deputados, que incluíram um grande jantar no Palácio da Alvorada, no domingo (9).

— A proposta de emenda constitucional do teto, embora fundamental para o País, ela enseja polêmica. Em uma matéria dessa natureza, você ter 366 votos, eu creio que essa é a nossa base de governo. Talvez até um pouco mais.

Ele ainda lembrou que não perdeu nenhuma votação importante no Congresso desde que assumiu interinamente, em maio, devido a uma "interlocução muito significativa com o Legislativo".

— Eu tenho a sensação de que nós vamos levar, pelo menos até o final do governo, nesse mesmo ritmo.
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