Da Band News FM

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira que o episódio envolvendo o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), é fato superado.

Renan disse que parece que houve uma interpretação indevida e que seria bom que isso "ficasse para trás" e que a convergência fosse novamente construída.

Questionado se Geddel deveria ser afastado, o presidente do Senado afirmou apenas que "cada caso é um caso".

Edifício em área histórica
Geddel teria pressionado o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a interferir na aprovação de um empreendimento onde ele tem um apartamento em Salvador. O prédio, projetado para ter 30 andares, seria erguido na Ladeira da Barra, área histórica da capital baiana. A obra foi vetada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan).

O caso abriu uma crise no Palácio do Planalto e uma investigação na Comissão de Ética da Presidência da República.

Geddel terá 10 dias para apresentar suas explicações. A comissão terá uma nova reunião no dia 14 de dezembro e se decidir pela punição, as penas podem ir de uma simples advertência até a recomendação de exoneração ao presidente Michel Temer (PMDB). No entanto, a decisão da comissão é apenas indicativa, não tem força de lei e não precisa ser seguida pelo presidente.

Na segunda-feira, o porta-voz do governo afirmou que Temer vai manter Geddel no cargo. Para o Ministério da Cultura, o presidente nomeou Roberto Freire (PPS-SP), que já sinalizou que vai respeitar o veto do Iphan sobre o edifício de 30 andares.