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Postada em 08/06/2016 23:27 | Atualizada em 08/06/2016 23:38 | Por Todo Segundo

Sessão que irá votar cassação de mandato de Eduardo Cunha fica para terça

Sessão de hoje foi cancelada após pedido de relator para ter mais tempo para analisar voto
Sessão que irá votar cassação de mandato de Eduardo Cunha fica para terça - Foto: Divulgação
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados marcou para a próxima terça-feira (14), às 14h30, a sessão que irá votar o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO) no processo de quebra de decoro parlamentar do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Rogério confirmou a data da nova reunião ao R7. Em seu relatório, ele pede a cassação do mandato do deputado. O Conselho, no entanto, ainda irá avaliar um pedido dos advogados de Eduardo Cunha que alegam que têm compromisso no STF na próxima terça.

Após a publicação desta reportagem o presidente da comissão manteve a reunião para terça, apesar do pedido dos advogados do presidente afastado da Câmara.

Cunha é acusado de mentir aos deputados sobre a existência de contas que mantinha no exterior. Na sua defesa, ele diz que as contas não são deles, mas de uma empresa (truste).

Uma sessão que estava prevista para esta quarta-feira (8) acabou cancelada pelo presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PR-BA). O relatório do deputado Marcos Rogério foi discutido na reunião desta terça (7) e havia expectativa de que já seria votado. A reunião foi suspensa após o relator pedir mais tempo para analisar um voto em separado.

A justificativa do cancelamento da sessão desta quarta-feira é a convocação de uma sessão de votação no plenário da Câmara. Pelo regimento da Casa, o trabalho das comissões precisa ser interrompido assim que é iniciada a Ordem do Dia (etapa de votação) no plenário. O presidente da Comissão diz que quis evitar interrupções.

Ausência

A sessão do Conselho de Ética nesta terça foi marcada pela ausência da deputada Tia Eron (PRB-BA). O voto de Tia Eron é considerado decisivo e pode definir o placar na comissão, que promete ser tão apertado que terá a diferença de um voto, pelas contas de deputados pró e contra a perda de mandato.

Com a ausência de Eron, e possibilidade de aliados de Cunha reverterem o placar, a sessão foi encerrada a pedido do relator, que solicitou mais tempo para analisar o voto em separado do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), um dos homens da tropa de choque de Cunha.

Do R7
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