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Postada em 17/02/2019 10:44 | Atualizada em 17/02/2019 10:46 | Por R7

Japonês sequestrado há 40 anos leva vida normal na Coreia do Norte

Minoru Tanaka tinha 28 anos quando foi sequestrado por agentes norte-coreanos durante viagem a Viena. Regime raptou ao menos 17 japoneses
Tanaka desapareceu em 1978 - Foto: Montagem R7/Fotos KCNA via Reuters e NARKN

A Coreia do Norte revelou a Tóquio que um homem nativo da ilha japonesa de Honshu e desaparecido desde 1978 vive atualmente em Pyongyang com esposa e filhos, segundo informações veiculadas pela agência Kyodo na sexta-feira (15).

O governo japonês diz que o homem, chamado Minoru Tanaka, foi sequestrado por agentes norte-coreanos quando tinha 28 anos durante uma viagem a Viena, na Áustria.

O caso veio à tona em 1997, quando um norte-coreano de nome Zhang Young-eun, que residia no Japão, confessou ser parte da Nakdong — organização secreta da Coreia do Norte que sequestrou Tanaka.

O jovem era funcionário de um restaurante onde o norte-coreano atuava como gerente e viajou para a Áustria a convite de seu chefe. Junto de outros dois agentes da Coreia do Norte, a dupla passou por Viena e Moscou, na Rússia, até desembarcar em Pyongyang.

Minoru Tanaka foi formalmente incluído na lista de japoneses sequestrados pelo regime norte-coreano em abril de 2005, segundo a Associação Nacional para o Resgate de Japoneses Raptados pela Coreia do Norte (NARKN, na sigla em inglês).

Sequestrados pelo regime

Atualmente, o governo do Japão reconhece que 17 cidadãos japoneses foram raptados pela Coreia do Norte durante as décadas de 1970 e 1980, mas alega que o regime está envolvido em muitos outros desaparecimentos.

Cinco dos 17 japoneses da lista foram repatriados em 2002.

De acordo com o site da NARKN, outro dos ex-agentes de Pyongyang de nome An Myong-jin confessou ter testemunhado o sequestro de ao menos 15 japoneses.

O regime capturava cidadãos do Japão com o intuito de usar seus documentos para fins de espionagem. Japoneses com bagagem acadêmica eram também raptados e empregados como professores em faculdades norte-coreanas. An Myong-jin revelou, por exemplo, que ao menos 30 japoneses atuavam como instrutores na Universidade Política e Militar Kim Jong-il, em Pyongyang. Mesmo os que eram sequestrados e não tinham condições de lecionar eram obrigados a desempenhar outras tarefas para o regime.

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