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Postada em 30/07/2015 18:30 | Por Todo Segundo

Os erros mais comuns ao oferecer as papinhas ao bebê

Ele entendeu que na maioria das vezes sua fome não era real, mas sim uma necessidade emocional
Os erros mais comuns ao oferecer as papinhas ao bebê - Foto: Divulgação
Dr. Mauro Fisberg  

Um dos principais problemas que temos em alimentação é a introdução de alimentos complementares quando fazemos a passagem do aleitamento materno ou outras formas lácteas, exclusivo, após os seis meses de idade do bebê.

Se o leite materno, sozinho, foi suficiente para manter um excelente crescimento e desenvolvimento, por todo este tempo (um semestre da vida da criança), neste segundo momento, precisaremos de fontes extras de energia, vitaminas e minerais. Surge então a necessidade de introduzir outros alimentos. E as dúvidas aparecem?
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Uma delas, que sempre nos perguntam, é se podemos oferecer papas antes dos seis meses de idade. E a resposta é simples: Depende! O pediatra irá avaliar uma série de processos: o crescimento e a velocidade de ganho de peso e estatura, a quantidade de urina, se o bebê está evacuando adequadamente, se o sono é suficiente e o humor.

Portanto, além dos aspectos alimentares, precisamos discutir as condições praticas, como o retorno da mãe ao trabalho, a possibilidade de manter a amamentação exclusiva, o tamanho do bebê. E o pediatra deve orientar a família para a melhor conduta. De qualquer forma, tanto a Academia Americana de Pediatria como a Sociedade Europeia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátrica tem como padrão para a introdução de alimentos, o seguinte lema: nunca antes das 16 semanas e nunca mais tarde do que as 24.

Quanto ao tipo de papa, em nosso meio, o habito de introduzir inicialmente sucos de frutas e depois a papa de frutas é uma condição comum. No entanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria, por meio de seu departamento de Nutrologia, não recomenda o uso de sucos de frutas e sim a oferta da fruta sob a forma de papas, raspadas, amassadas ou sob outras formas.

A recomendação de iniciar a primeira papa (antes chamada de papa salgada ou de sal), está baseada nos problemas nacionais: anemia, prevenção da obesidade e da desnutrição.

Assim, hoje a proposta é de se oferecer alimentos bases como cereais, arroz, batata, mandioca e massas, complementados com carnes (de vaca, porco, peixe ou frango), com menor teor de gorduras, legumes e verduras. Cada alimento é oferecido cozido, amassado ou passado em peneira grossa; de preferência não batido ou liquefeito, de forma isolada inicialmente e depois acrescentado a mistura.

Alguns pediatras orientam para papas homogêneas e outros para a oferta separada, para que a criança possa sentir texturas, sabores, odores e cores diferentes. 

Outra preocupação é a quantidade de alimentos e, neste ponto, devemos tomar cuidados, já que a experiência é essencial e que o bom senso prevaleça.

Os volumes são determinados pela aceitação, não devendo haver exageros na oferta e observando a reação de cada um. O aumento deve ser gradativo e lento, sem pressa. Quanto mais tranquila for a introdução, melhor a aceitação de novos alimentos.

A neofobia ou o medo do novo é uma característica comum de todas as espécies e com a criança ocorre o mesmo. Devemos oferecer inúmeras vezes sem haver preocupação com uma recusa da primeira vez. 

Devemos ter um cuidado especial com os instrumentos, ou seja, com a oferta de colheres pequenas, de diferentes materiais e com volumes adequados, temperatura correta e preparo caprichado. 

Finalmente, devemos pensar em preparar o alimento com uma apresentação de bom aspecto e tempero compatível com a idade da criança e hábito da família. O básico é pouco sal, criatividade na introdução de temperos diferentes e respeito ao momento da criança em períodos de menor apetite, presença de doenças e ao emocional da família.

Do Minha Vida
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