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Política
Postada em 15/08/2016 09:22 | Atualizada em 15/08/2016 09:33 | Por Todo Segundo

Chico Nunes: O poeta improvisador orgulho de Palmeira dos Índios

Poeta popular faleceu em fevereiro de 1953 e foi tema de livro do ator e compositor Mário Lago
Chico Nunes: O poeta improvisador orgulho de Palmeira dos Índios - Foto: Divulgação
Por Roberto Gonçalves

O escritor e ator Mário Lago conta em sua narrativa em seu livro “Chico Nunes das alagoas”, que certa noite o poeta curtiu um porre durante todo o dia e atravessou a noite. Madrugada alta e fria na Princesa do Sertão, o poeta continuava curtindo suas angustias no cabaré do Propício.

Quase ao amanhecer, virou-se para o dono do negócio e gritou como se intimasse, talvez quem sabe, querendo até uma briga pra descarregar. Não adianta cobrar, não, Propício. Tô mais liso que bunda de santo.

- Tá certo Chico, afinal tu não dar prejuízo. Quando começa a tirar verso a freguesia se assanha e faz mais despesa. Pode deixar a conta dependurada na corda do sino. Mas  sai depois que fazer um repente.

O trovador não se fez de rogado, que, em matéria de improvisar:

A minha vida tá sendo

Como cascão de lagoa

Ou como uma ferida grande

Na perna de uma pessoa,

Que quando já tá sarando

Vem um garrancho e magoa.     
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