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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 10/06/2020 09:30

BRASIL: Será que estão pensando em todos, nessa pressa para retorno do futebol?

Federações, clubes e envolvidos no futebol, tentam retorno nas próximas semanas. Inclusive, em Santa Catarina o estadual tem data para retomada: 8 de julho.

Um paradoxo vivido e uma pergunta que faço desde o começo dessa pressa pelo retorno do futebol aqui no Brasil: estão pensando em 'todo mundo'?

Desde a paralisação do futebol, lá no mês de março, várias discussões são postas eu pauta. A principal, logicamente, é o retorno do futebol no país. Porém, um ponto importante e pertinente, principalmente, é o momento vivido. Onde o Brasil tornou-se epicentro de uma Pandemia. Aumentando os casos e óbitos da Covid-19 de maneira acelerada.

Em meu ver, uma afronta à vidas. Enfim.

No futebol, a grita e explicação é a segurança que a modalidade traz para quem pratica. Alguns dirigentes e clubes exaltam (até com certa soberba) seus investimentos, suas estruturas, o poder de montar planos que dizem totalmente seguro, etc. São, em sua maioria, apresentações até que muito sólidas. Se não houvesse um porém.

Quando um clube de primeiro escalão cita tais benefícios, ele está pensando só nele ou no restante? Será que todos os times têm condições e aparatos de primeiro mundo para tais métodos?

Pois, pelo que sei e aprendi, o futebol é disputado com duas equipes. E não apenas uma.

Outras várias indagações e dúvidas podem ser feitas. Quando se fala na volta do futebol, eu imagino esse retorno de uma forma ampla. Ou seja, todo o país, todas as divisões e todos e quaisquer clubes que tenham um calendário a cumprir.

Aí eu pergunto mais uma vez: estão pensando em todos?

Isso falando apenas dos clubes. Sem citar o pessoal da imprensa, organização de jogos, arbitragem, segurança, médicos. Todos esses que estão ligados de forma direta e indireta no âmbito de uma partida de futebol.

É a partir daí que a gente percebe a desigualdade no futebol brasileiro, tão como na sociedade. Onde quem tem o poderio e a grana, pensa primeiro nele e o resto que se vire. Lógico, que o futebol é importante para gerar grana e gira um capital gigantesco. No entanto, em meu ver, se há todos esses aspectos, que seja algo justo. Onde ninguém saia na frente ou seja beneficiado.

Por falar em grana, esse é um fator que a gente percebe quem tem mais valor: o "primeiro escalão". Pois há uma total falta de interesse de auxiliar os times de menor expressão. Não tenho lido ou visto algo sobre um plano estratégico para ajudar essas equipes e consequentemente os profissionais que nelas trabalham - infelizmente.

O futebol tornou-se uma parada tão monopolizada no aspecto de negócios, que se o retrato for de não gerar benefícios e lucros, então já era.

Portanto, sigo com a mesma pergunta e sabendo da resposta - pelas ações e atitudes. Essa briga toda é por interesse próprio. Não é a bandeira do futebol levantada. Estão pensando em si ou na sua instituição. O egoísmo de sempre que impera no futebol brasileiro - corriqueiramente.

E como sempre, sigo dizendo: "voltar o futebol agora é uma imbecilidade".

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