Os 38 anos de espera estão perto de acabar. A reencontro de 1981, daquela Copa Intercontinental, acontecerá. 

O Flamengo de Zico e companhia, no Japão, colocou os ingleses na roda - como diz o canto da torcida Rubro-Negra. Porém, a parada agora é outra.

Dois times que chegam em uma final em situações semelhantes: não convenceram em seus respectivos jogos de semifinais. O time brasileiro um pouco melhor; o inglês, perto do pior. Ambos jogaram muito abaixo do que podem produzir e executar.

Um Flamengo que fez um dos piores primeiros tempos "na mão" de Jorge Jesus, se não o pior. Foi um time ineficiente em suas características. Nervoso, sem intensidade, apressado e disperço. Viu o time saudita incomodar e revelar seus pontos fracos. Já na segunda etapa, voltou ao normal. Mesmo ainda não estando em seu nível máximo, nem técnico e nem tático, conseguiu ser superior ao seu oponente. Principalmente pelo potencial individual de alguns jogadores.

Já o Liverpool, embora estivesse todo disfigurado, teve muito trabalho para vencer o Monterrey. Inclusive, se o time mexicano saísse vencedor da partida, não seria nada de anormal ou injusto. Os Reds mostraram fragilidade e vulnerabilidade em suas linhas defensivas. Não teve nem de longe a intensidade e transições rápidas que lhe são peculiares. Além de esbarrar na forte e boa marcação adversária. Porém, como dizem no futebol: "os bons estão descansando". Foi assim após as entradas de três titulares. Aliado, também, ao cansaço visível do adversário.

Então, pelas semelhanças, chegam na mesma situação a grande final?

Em meu ver, não.

O Flamengo com sua força máxima fez muita força para vencer. Lógico que o "fator estreia" pode ter atrapalhado, porém, foi uma atuação ruim de quem pode dá mais, muito mais. Erros aconteceram, que não costumam acontecer e isso foi notório. Ajustes e correções terão que ser feitos. Além do principal, em meu ver. A mudança de atitude.

No lado do Liverpool, não se pode tirar parâmetro nenhum do infeliz jogo apresentado. Um time com várias improvisações, desfalques e apenas 4 titulares. É totalmente normal ter dificuldade na parte tática, em termos de posicionamento, e principalmente no aspecto entrosamento. Era esperado uma desarmonia, porém, nem tanta.

Foram níveis baixos. No entanto, situações distintas. 

Portanto, em condições normais dos dois times, teremos um belo jogo. Caso não, quem tiver mais concentrado, intenso e preparado, será o campeão. Apesar de que em uma final de jogo único, tudo pode acontecer. No mais, é isso.