De um lado, uma longa espera. Após 35 anos o Flamengo volta a uma semifinal de Libertadores. Do outro, rotina. Já são 10 semifinais disputadas pelo Grêmio e as últimas 3 de forma consecutiva.

Mais curiosidades cercam o confronto. Do atual elenco rubro-negro, nenhum jogador era nascido em 1984, naquela fase. O adversário daquele 19 de julho foi justamente o Grêmio. Um empate de 0 a 0 no jogo de desempate. Após um 5x1 para time gaúcho e um 3 a 1 para o time carioca. Classificação gremista, que chegara a final daquele ano.

Mas, falemos do presente. O passado já foi escrito e o futuro a Deus pertence. Ou a Jesus. Ou a Renato.

Dessa vez não vou pelas estatísticas ou números. Vou preferir falar do desempenho em campo. Do futebol jogado.

Flamengo e Grêmio, atualmente, são daqueles times que você para assistir. Sendo torcedor ou não. Apenas como amante do futebol vistoso e bem jogado.

O tricolor gaúcho tem em seu "novo" DNA, muito de seu técnico. A confiança, personalidade, competitividade e lógico, a qualidade. É um time que gosta da bola. De tê-la. Os jogadores compraram a ideia de Renato Gaúcho e a desempenham de forma quase que impecável. Um jeito copeiro de jogar, porém, com muita qualidade técnica, coragem, consciência tática e solidez defensiva. Atualmente, em meu ver, é sim um dos times que melhor joga futebol no país.

Do outro lado, o rubro-negro carioca. Ele que tem no comando, Jesus. Que não precisou de muito para fazer "milagres". Um time que vem evoluindo seu nível técnico gradativamente. Se tornou um time agressivo, de posse de bola e variações de jogadas. Um padrão de jogo vem sendo lapidado. A organização tática misturada a coragem de jogar. E um fator importantíssimo, a confiança fez com que a parte individual também elevasse seu nível. Assim sendo, desempenham também um ótimo futebol.

Portanto, será "briga de cachorro" grande. Gigantes. É impossível cravar algo diante de dois times com essas características. O que pode ser um fator importante, é a coragem e personalidade de desempenhar a ideia de jogo em uma decisão como essa. Mas coragem eles tem de sobra. Não deve ser problema.

E como eu disse: o futuro a Deus pertence. Ou ao Grêmio. Ou ao Flamengo.