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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 21/08/2019 08:27 | Atualizada em 21/08/2019 10:00

FUTEBOL: 121 anos do Gigante da Colina

No dia 21 de agosto de 1898, era fundado o Clube de Regatas Vasco da Gama.

A união Brasil-Portugal. Sendo traço no futebol, braço no atletismo e imortal no remo.

O Clube de Regatas Vasco da Gama.

Em 1898 um grupo de remadores fundou o clube. Era época de celebração do quarto centenário da descoberta dos caminhos da índias. Descoberto pelo navegador Vasco da Gama. Então, estava feita a homenagem.

Passou algum tempo para o futebol ser incorporado. A história de glórias começou em 1915. A primeira partida aconteceu em 3 de maio de 1916. Daí por diante a crônica foi sendo criando. Em 1923, aquele time humilde formado por trabalhadores foi campeão estadual em seu ano de estreia. Desbancando os da elite.

Por falar em elite, o Vasco foi um dos pioneiros na inclusão de negros no futebol brasileiro. Negros, pardos, mulatos e quaisquer outras etnias tinha vez no "Camisas Negras". Além, dos trabalhadores e a galera sem dinheiro, nem posição social.

Quando o racismo imperava no Brasil, o Vasco foi gigante, maior que o pensamento pequeno dos "arianos". Incluir e não excluir poderia ser o lema. A comunhão de etnias era o carro chefe. Ou a navegação chefe, já que seu nome vem de um desbravador.

Sua principais glórias também vieram com lutas. São elas: 1 Taça Libertadores, 1 Mercosul, 4 Campeonatos Brasileiro, 1 Copa do Brasil, 24 campeonatos cariocas, 3 Torneios Rio-São Paulo. Algumas lhe renderam o apelido de "O time de virada".

O time que já teve o "Negro" Fausto e Ademir de Menezes do "Expresso da Vitória", com o passar do tempo teve uma dinamite. Roberto. Na colina, ele jogou por 21 anos dos 22 como profissional. Se tornou o maior artilheiro do clube com 708 gols e ainda é o maior artilheiro de sua casa, São Januário, com 184 gols.

Uma dupla apareceu. Um, primeiro. Baixinho, tinhoso e genioso. Romário. Fez seu milésimo gol com a camisa cruzmaltina. Além de títulos conquistados. Depois, um animal. Não ganhou esse nome na colina, saiu e voltou para casa para mostrar que ama e amava o clube. Era Edmundo. As vezes dois se entendiam, outras não. Uma comunhão de gênios geniosos.

Os "inhos" vieram. Pedrinho, Juninho, Coutinho. Diminutivos só nos nomes, aumentativos no futebol. Já teve pantera. Xerifão e sutileza na zaga, tudo junto. Do vento, teve filho. Não era samba, mas teve viola. Artilheiros natos. Raça em estado puro. Técnica em estado alto. Um gigante no gol e no mesmo gol, um anjo negro.

Lembram? A comunhão das etnias. Do povo. Das raças. Isso é Vasco.

Isso é Vasco. Aqui e ali. Do humilde ao sofisticado, mas nunca segregado. É a união, junção, combinação. Jamais humilhação. É paixão. É Gigante, da Colina. De regatas.

Parabéns, Clube de Regatas Vasco da Gama.

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