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Polícia
Postada em 28/04/2025 09:34 | Por Todo Segundo com G1

Fraude no INSS: PF começa perícia dos celulares apreendidos

Desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas
Foto: Divulgação

A Polícia Federal começou analisar os celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos na operação Sem Desconto, realizada na última terça-feira (23), e que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A Direção-Geral e a Diretoria Técnico-Científica da Polícia pediram aos peritos prioridade na análise dos equipamentos eletrônicos. As investigações estão descentralizadas nos Estados. Assim, cada equipe vai conduzir a própria análise.

Em entrevista coletiva concedida na última quarta-feira (24), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que doze inquéritos foram abertos para investigar as fraudes. A perícia dos celulares do inquérito principal será feita pelo Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, em Brasília.

As informações que serão extraídas dos celulares são consideradas importantes para continuidade das investigações.

Na mesma entrevista, o diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues disse que é necessário esclarecer ainda como o dinheiro desviado foi aplicado.

“Alguns operadores financeiros e algumas pessoas jurídicas e físicas destinatárias dos valores desviados", afirmou.

Os investigadores apreenderam carros, obras de arte e relógios que também podem ter sido comprados com o dinheiro descontado das folhas de pagamento.

Entenda o caso

Semana passada, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação para descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.

As entidades investigadas cobravam mensalidades de aposentados e pensionistas, sem autorização. Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas.

As associações ofereciam serviços sem ter estrutura, como desconto em academias e planos de saúde, e falsificavam as assinaturas dos beneficiários do INSS, explicou o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, em coletiva.

Seis servidores públicos foram afastados de suas funções, entre eles o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido em seguida.

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