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Agricultura
Postada em 12/07/2015 08:05 | Atualizada em 12/07/2015 08:16 | Por Todo Segundo

Fumicultores do Agreste estão otimistas com a safra de fumo 2015

Colheita deve ser iniciada no final do mês de setembro
Fumicultores do Agreste estão otimistas com a safra de fumo 2015 - Foto: Divulgação
Por Roberto Gonçalves

Arapiraca e demais cidades que integram a Região Metropolitana do Agreste na década de 70 foi responsável pela maior área continua de fumo da América Latina e foi o principal suporte para o desenvolvimento. Mesmo com a redução da área plantada após o processo de diversificação da agricultura a cultura do fumo ainda é forte no Agreste a expectativa para a safra 2015 é otimista. O segmento espera alavancar a economia de Alagoas, principalmente do Agreste. No momento, a região se prepara para iniciar a safra de fumo, que promete superar as expectativas dos anos anteriores.

De acordo com as previsões dos produtores, a safra do produto deste ano deve atingir o mesmo percentual registrado no ano passado com uma produção estimada de 12 milhões de toneladas do produto. A expectativa dos produtores é de que o preço do quilo da folha, considerada de primeira qualidade seja comercializada ao preço de R$ 10,00, enquanto o da segunda, R$ 8,00, e o “baixeiro”, de menor qualidade, R$ 4,00.

As chuvas caídas desde o inicio de junho na região foram favoráveis e a esperança é que concorra para uma melhor qualidade do produto. Com essa possibilidade favorável os agricultores já estão pensando que as folhas do produto serão selecionadas para exportação. No entanto, se as chuvas continuarem com mais intensidade, a lavoura poderá ficar comprometida, pois as folhas conhecidas como mel e que possuem uma seiva cheirosa e consistente – correm o risco de serem colhidas.

Atualmente, existem apenas duas empresas em Alagoas que compram o fumo para exportação. Uma fica em Lagoa da Canoa e a outra em Arapiraca – nos tempos áureos da cultura do fumo o município chegou a ter oito empreendimentos atuando nesse segmento. A colheita deve ser iniciada no final do mês de setembro.

A cultura do fumo continua sendo responsável pela riqueza que impulsiona o desenvolvimento de Arapiraca, agregada, é claro, ao empreendedorismo do arapiraquense. No momento, a produção do fumo está nas mãos dos pequenos produtores rurais que resistiram e não venderam suas pequenas glebas de terra formando uma reforma agrária natural.

Em décadas passadas o cenário econômico era mais favorável. Os grandes produtores ditavam as regras. Contudo, com a intensa campanha antitabagista veiculada na mídia nacional provocou a queda no consumo – e a redução nos créditos, eles migraram para outras atividades. Atualmente, a exportação do fumo contribui bastante no superavit da balança comercial do Brasil.
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