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Alagoas
Postada em 05/11/2025 08:51 | Atualizada em 05/11/2025 08:55 | Por Todo Segundo

Alagoas é o estado com a maior proporção de “Josés” do Brasil, revela IBGE

Estado também se destaca com mais de um terço da população levando o sobrenome Silva
Terra dos Josés: Alagoas lidera ranking nacional de nomes masculinos mais comuns - Foto: Reprodução/Cartório SP

Em Alagoas, tradição tem nome — e ele é José. Dados divulgados nesta terça-feira (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o estado ocupa o primeiro lugar no Brasil em proporção de pessoas chamadas José, segundo a nova edição da plataforma Nomes no Brasil, baseada no Censo Demográfico 2022.

O levantamento mostra que 7,14% dos alagoanos — o equivalente a 223.323 moradores — se chamam José. É a maior taxa do país e quase três vezes a média nacional, de 2,54%. A força do nome reforça uma característica cultural marcante da região: a manutenção de tradições familiares e religiosas que atravessam gerações.

Se José representa a tradição masculina, Maria segue imbatível entre os nomes femininos. Em Alagoas, 331.863 pessoas (10,61% da população) carregam o nome, um dos símbolos mais fortes da cultura cristã brasileira.

Entre os sobrenomes, o clássico Silva domina com ampla vantagem: 1,118 milhão de alagoanos, ou 35,75% dos habitantes, possuem o sobrenome — mais de um terço da população estadual.

A liderança de Alagoas é reforçada pelo desempenho de seus municípios. Seis das dez cidades brasileiras com maior proporção de pessoas chamadas José estão no estado.

Pindoba, no Agreste, aparece no topo do ranking nacional, com 14,94% de Josés entre seus moradores. Em seguida vêm Anadia (13,46%), Chã Preta (11,96%), Jaramataia (11,84%), Maribondo (11,76%) e Tanque d’Arca (11,75%).

Top 10 municípios com mais “Josés” (% da população):

1º Pindoba (AL) – 14,94%

2º Anadia (AL) – 13,46%

3º Fátima (BA) – 12,67%

4º Capoeiras (PE) – 12,11%

5º Chã Preta (AL) – 11,96%

6º Jaramataia (AL) – 11,84%

7º Riacho de Santo Antônio (PB) – 11,82%

8º Ibirajuba (PE) – 11,78%

9º Maribondo (AL) – 11,76%

10º Tanque d’Arca (AL) – 11,75%

Tradição versus modernidade

O levantamento do IBGE também revela como os nomes mudaram ao longo das gerações. Nomes como Osvaldo e Terezinha apresentam idades medianas elevadas — 62 e 66 anos, respectivamente —, indicando popularidade nas décadas passadas.

Em contrapartida, nomes modernos como Gael e Helena refletem as tendências atuais: têm idades medianas de apenas 1 e 8 anos, mostrando a renovação dos registros entre os mais jovens.

A plataforma Nomes no Brasil (https://censo2022.ibge.gov.br/nomes) permite consultar a distribuição de nomes e sobrenomes por região, sexo, década e letra inicial, além de exibir mapas de concentração e idade mediana.

Uma das novidades é o mapa global, que mostra nomes mais comuns em outros países e quantas pessoas no Brasil os possuem. O sobrenome chinês Wang, por exemplo, aparece em 1.513 registros, enquanto os nomes bolivianos Juan e Juana têm 67.908 e 3.113 registros, respectivamente.

Sigilo e método

O IBGE destaca que os nomes e sobrenomes com poucos registros são omitidos para garantir o sigilo estatístico. Os dados se referem a 1º de agosto de 2022, data de referência do Censo.

Foram considerados o primeiro nome e o sobrenome principal informados pelos moradores, respeitando a grafia original, inclusive com variações como Ana/Anna, Ian/Yan, Luiz/Luis.

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