Da Assessoria

Os números acerca do uso e tráfico de drogas em todo o Estado de Alagoas têm crescido assustadoramente, notadamente nas cidades do interior, onde até pelo menos dez anos atrás essa prática não era tão comum e abertamente. Uma situação alarmante: a praga do crack se espalha nas pequenas cidades do interior do país. A droga, uma das mais destruidoras, faz cada vez mais vítimas onde não existem prevenção nem tratamento dos dependentes. Traficantes vendem crack tranquilamente. Não se intimidam nem com a passagem da polícia Contam dinheiro nas ruas, distribuem a droga. Em ruas dominadas pelo crack, a droga passa pelas mãos de homens, mulheres e crianças.

Um problema que era mais visto em cidades grandes, agora pode ser conferido em cidades do interior com muita frequência. O tráfico e uso de entorpecentes está se espalhando cada vez mais nas cidades com um número pequeno e médio de habitantes. Exemplo disso é o município de Palmeira dos Índios. Segundo autoridades municipais, o problema não é somente da polícia, mas sim social. É essa situação que a cada dia se alastra. Afirmam ainda que de nada adianta a polícia prender, se as leis não seremseveramente punitivas. Além disso, o número de policiais efetivos não é suficiente para tanta demanda que cresce mais do que o efetivo. Não há tanto investimento em segurança pública e os policiais não têm respaldo suficiente para poder combater tanta criminalidade.

A Câmara de vereadores de Palmeira dos Índios recebeu recentemente em sessão ordinária representantes de uma Organização não Governamental, a Drogas Nem Pensar (DNP), que na oportunidade usaram os microfones daquela Casa de Leis para fazer um triste relato sobre os dados relativos ao uso e tráfico desenfreado de drogas no município.

Na ocasião, o vereador Sérgio Passarinho (PMDB), afirmou ter conhecimento sobre a realidade por que passa Palmeira e registrou que a Câmara já está envidando estudos e esforços para concluir onde e como pode participar mais efetivamente no combate a essa, segundo ele, preocupante realidade.

A DNP é uma ONG que tem por objetivo de promover a reintegração do dependente químico, pós-tratamento, preparando-os para ingressar no mercado de trabalho e na sociedade como um todo. “A contribuição que vocês dão no seu dia-a-dia à coletividade de nossa Palmeira é muito mais importante do que qualquer um de nós possamos imaginar. É um exemplo claro de doação e de amor”, declarou Passarinho.