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Postada em 12/05/2016 00:56 | Atualizada em 12/05/2016 00:58 | Por Todo Segundo

Collor diz que alertou Dilma e não revela voto sobre impeachment

Senador comparou processo que sofreu com o enfrentado pela petista e diz que governo encontra-se em "ruínas"
Collor diz que alertou Dilma e não revela voto sobre impeachment - Foto: Reprodução / TV Seenado
O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL) afirmou nesta quarta-feira (11), em discurso durante a sessão do Senado que decidirá sobre a abertura do processo de impeachment, que o atual governo encontra-se em "ruínas" e que alertou, em vão, auxiliares da presidente Dilma Rousseff sobre os erros cometidos no mandato. Sem declarar como votará no processo, o senador também criticou o atual modelo de governabilidade.

"Jamais o Brasil passou por uma confluência tão clara, tão entrelaçada e aguda de crises na política, na economia, na moralidade e na institucionalidade. Chegamos ao ápice de todas as crises, chegamos às ruínas de um governo, às ruínas de um país", afirmou.

A expressão "ruínas de um governo", lembrou, foi usada também no processo de impeachment que ele próprio sofreu em 1992, a partir de uma obra do jurista, político e escritor Rui Barbosa (1849-1923). Durante seu discurso, Collor não declarou como votará no processo contra Dilma.

"Não foi por falta de aviso. Desde o início desse governo fui ao longo dos anos a diversos interlocutores da presidente para mostrar os problemas que eu antevia e que desembocaram nesta crise sem precedentes. Falei dentro da minha convicção dos erros na economia, na excessiva intervenção estatal, nas imprudentes renúncias fiscais, falei da falta de diálogo com o Parlamento", afirmou.

"Nos raros momentos com a presidente, externei minhas preocupações, especialmente após a sua reeleição, quando sugeri a ela uma reconciliação de seu novo governo com seus eleitores e com a classe política. Sugeri que fosse à televisão pedir desculpas por tudo que se falou na campanha eleitoral, desmentido depois por seus próprios atos, nos primeiros meses do atual mandato. Alertei-a sobre a impossibilidade de sofrer impeachment, mas não me escutaram".

Do G1
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