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Postada em 14/12/2017 12:58 | Por Todo Segundo

Réu nega envolvimento na execução do advogado Marcos Félix

Crime ocorreu em 2014; sessão de julgamento está prevista para terminar no início da noite desta quinta (14)
Réu nega envolvimento na execução do advogado Marcos Félix - Foto: Assessoria
Da Assessoria

Ao ser interrogado, na manhã desta quinta-feira (14), durante júri popular, o réu Juarez Tenório da Silva Júnior negou envolvimento na morte do advogado Marcos André de Deus Félix, ocorrida em março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. O julgamento está sendo realizado no Fórum da Comarca.

Juarez Tenório, de 23 anos, disse que na época do crime trabalhava como motorista. Ele afirmou ter sido procurado por Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva para que os levasse à Praia do Francês.

Ao chegarem ao local, Álvaro e Elivaldo desceram do carro e voltaram minutos depois, correndo, dizendo que tinham dado uma surra em um homem. Juarez afirmou ainda que, se soubesse que eles iam fazer isso, não teria dado a carona.

O réu também disse que, no dia seguinte, Janadaris Sfredo, suposta mandante, foi à casa dele e pediu que levasse o carro a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Quando estava no caminho, já próximo do Rio de Janeiro, ele ligou para a família e ficou sabendo que estava sendo acusado de participação no crime, motivo pelo qual voltou a Alagoas. “O que eles fizeram acabou sobrando pra mim”, disse. Juarez encontra-se preso desde 2014.

Teses
O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) sustenta a tese de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe mediante paga e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). “Temos filmagens do local do crime e testemunhas que comprovam a participação de Juarez Tenório, além da confissão dos outros réus”, disse o promotor de Justiça Sílvio Azevedo. Ainda segundo ele, o réu pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão caso seja condenado pelos jurados.

Já a defesa sustenta que a participação de Juarez Tenório no crime foi de menor importância. “Ele não sabia que os outros réus tinham arma e que praticariam o homicídio. Apesar de o meu cliente supostamente ter dado carona aos executores, se a gente tirasse ele do local o crime aconteceria de qualquer modo. Ele não foi essencial para que o homicídio ocorresse”, explicou o advogado Marinésio Luz.

O caso
O crime ocorreu no dia 14 de março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. De acordo com a denúncia do MP/AL, os acusados Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva deflagraram tiros de arma de fogo contra o advogado Marcos André e, em seguida, fugiram com auxílio de Juarez Tenório, que os aguardava em um carro perto do local do homicídio.

Álvaro e Elivaldo foram julgados e condenados, em agosto deste ano, a 18 e 21 anos de reclusão, respectivamente, ambos em regime inicialmente fechado. Ainda segundo os autos, os réus teriam sido contratados por R$ 2 mil pela advogada Janadaris Sfredo para executar a vítima, com quem tinha inimizade. A suposta mandante está presa e aguarda julgamento.
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