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Política
Postada em 02/01/2017 10:43 | Atualizada em 02/01/2017 11:05 | Por Todo Segundo

Divergências adiam eleição da mesa diretora da Câmara de Palmeira

Divididos em dois grupos, chamados de G6 e G9, os vereadores estão numa queda de braço desnecessária para o povo de Palmeira
Divergências adiam eleição da mesa diretora da Câmara de Palmeira - Foto: Todo Segundo
Por Deraldo Francisco

Os vereadores de Palmeira dos Índios estão escrevendo uma história para ser apagada da memória do povo palmeirense. As divergências políticas e ideológicas são naturais. Elas dão a dinâmica que o mundo precisa. Mas, quando dão lugar à arrogância, prepotência e estupidez, travam a engrenagem da história. Afastam o povo e geram desconfiança.

Divididos em dois grupos, chamados de G6 e G9, os vereadores estão numa queda de braço desnecessária para o povo de Palmeira. Aliás, isso não interessa nem a eles mesmos.

O ápice da estupidez foi o confinamento num hotel, no litoral de Alagoas, dos vereadores do G9. Caro palmeirense, há coisa mais ridícula que isso? O confinamento mostra que eles não confiam nem neles mesmos. Então, em quem a população vai confiar? Uma presepada do tamanho do mundo. Isso, inclusive, já tinha sido abolido em Alagoas. Que vergonha!

O vereador Júnior Miranda, que já foi presidente da Casa quer ser o presidente de novo. Desarmado, o prefeito Julio Cezar confiou a ele a missão de organizar a eleição da Mesa Diretora em torno do nome do vereador Agenor Leôncio, seu [do prefeito] companheiro de partido.

Não deu certo. Júnior Miranda se organizou e virou o jogo. Trouxe para o lado dele mais oito vereadores, sabe-se lá sob quais argumentos. Outra presepada. Ele lidera o G9, que é formado por oito vereadores novatos, inclusive ele, e apenas um reeleito, Fábio Targino. Aliás, este último foi defenestrado do grupo apoiador de Julio Cezar.

No G6, liderado por Agenor Leôncio ficaram dois vereadores reeleitos (contando com ele) e mais quatro novatos. Agenor estava perdendo a eleição da Mesa Diretora para Júnior Miranda, mas, na última sessão de 2016, uma manobra proporcionou uma mudança no Regimento Interno.

A manobra foi articulada pelo ex-vereador Dr. França, que conhece bem a Casa e convenceu, sabe-se lá sob quais argumentos, o então presidente Salomão Torres a convocar a sessão extraordinária. Na extraordinária, o Regimento alterou para dez [que era de nove], o número mínimo de vereadores presentes à sessão para eleição da Mesa Diretora. O G9 só tem nove. O G6 só tem seis. Quando esses grupos vão se encontrar para escolher a Mesa Diretora? Que presepada! A manobra do Dr. França foi de quem entende das coisas, mas não ajudou ao Parlamento. Só apimentou ainda mais a confusão.

E o prefeito Julio Cezar fica no meio dos dois grupos. Praticamente, ele já jogou a toalha na defesa do companheiro Agenor Leôncio. Hoje, prefere a “independência da Câmara” na escolha da Mesa Diretora.

Vale lembrar que são dois mandatos nos biênios 2017/2018 e 2019/2020. Ou seja, um mandato para cada grupo. Já que existe a ambição dos dois lados. Como Agenor Leôncio é o candidato reeleito e apresentou primeiro o seu nome, seria natural que fosse ele o escolhido, contemplando o G6. No segundo mandato, Júnior Miranda - que entrou no ônibus agora e já quer sentar na janela - conquistaria o tão sonhado cargo, contemplando o G9. Pronto, estaria tudo resolvido. Deve ter muito interesse nisso.

A população de Palmeira dos Índios deve estar atenta – porque a imprensa vai estar – sobre o que impede este entendimento.

Vereadores, parem com esta presepada!
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