Faltando pouco mais de dois meses para as eleições gerais deste ano, ex-deputados e deputados paraquedistas começarão a saltar em Palmeira dos Índios. Todo o ano eleitoral é a mesma coisa. Eles aparecem, apertam a mão do povo, fazem centenas de promessas para ganhar votos e depois somem...

Essa prática tem sido comum nas duas últimas eleições gerais, com os deputados federais mais bem votados no município. Em 2012, Célia Rocha levou mais de 9 mil votos dos palmeirenses. Em 2016, foi a vez de Gilvaldo Carimbão e Pedro Vilela, recordistas em votos na terra Xucuru-Kariri. Mas o que eles trouxeram para Palmeira dos Índios até hoje? Quais foram as emendas parlamentares destinadas ao município, você sabe?

A culpa é nossa, eleitor! E não adianta falar “mas eu não votei em Fulano, no Sicrano ou Beltrano”. Alguém votou. Onde existe o problema? Existe na falta de politização. Somos, hoje, uma nação despolitizada e raivosa. Diariamente somos inebriados e embriagados por propagandas que em nada contribuem para o despertar de nossa consciência.

Culpados somos nós, eleitores. Nenhum parlamentar chegou lá por meio de golpe ou medida provisória. Todos foram alavancados pelo nosso voto. Precisamos ter um olhar mais crítico na hora do votar e lembrar que o voto é a arma mais poderosa no processo político democrático.

A maldição vai continuar? Estamos de novo em um período eleitoral que merece a nossa reflexão.

Radialista, Djalma Lyma, SRT/1092