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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 30/04/2020 08:37

ALAGOAS: Voltar com o futebol agora é uma total falta de responsabilidade

FAF (Federação Alagoana de Futebol) espera finalizar protocolo de retomada do futebol até amanhã (01).

Mais um capítulo de um filme que parece não ter fim.

Em entrevista o Presidente da FAF, Felipe Feijó, citou que está à espera do protocolo para retomada do futebol em Alagoas. Segundo o dirigente, o documento foi enviado pela CBF nesta quarta e a entidade espera que esteja tudo pronto até amanhã, sexta-feira (01). E complementou dizendo que a FAF irá se adequar, diante do protocolo, a realidade do nosso futebol.

No entanto, dirigentes de alguns clubes alagoanos se pronunciaram ao assunto "retomada".

O mais ríspido foi o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Jaciobá, Giuseppe Gomes. Que indagou a pergunta: "se ocorrer contaminação de um ou mais atleta, quem assumirá a responsabilidade?". Outro ponto citado, foram contratos de jogadores que expiram agora, no início de maio, juntos dos patrocinadores que enfrentam dificuldade.

Já o presidente do CSE, Barbosa, foi mais cautelosa e espera o que a FAF vai apresentar de alternativas. Celso Marcos, do ASA, disse ainda não ter opinião formada sobre o assunto. E Wilque Souza, do CEO, afirmou que o clube não tem condições de voltar com o campeonato, pois não tem estrutura necessária.

Na capital, está tudo dividido. No CSA, Rafael Tenório, disse que é inviável a volta e que o melhor a se fazer é cancelar o campeonato. Já no CRB, defende que as atividades voltem o quanto antes, mesmo com portões fechados, para evitar prejuízos financeiros.

Pois bem. Como voltar com o futebol, em um estado que a cada dia aumenta os número de infectados com o coronavírus (Covid-19)? E num país com mais de 5.000 mortos.

Segundo o último boletim da SESAU-AL (Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas), são 957 casos confirmados, 398 casos suspeitos, 107 casos recuperados e 41 óbitos (boletim do dia 29/04). A cidade com mais casos é Maceió; seguida de Rio Largo, Marechal Deodoro, Murici e Arapiraca. Juntos das outras com menor número.

Então, com tudo isso acontecendo, eu continuo me perguntando: O que esses que "comandam" o futebol tem na cabeça?

Será que eles perguntaram aos jogadores se eles querem se expor? Se quem trabalha diretamente e no dia a dia, também? Será que não entenderam a gravidade da situação? Ou o futebol vale mais que vidas?

Procurar soluções no atual momento é algo válido, lógico. Mas esta época não é de voltar. O período é de se precaver, se cuidar e cuidar dos seus. Colocar ideias em prática para terceiros e ficar em sua salinha, só "metendo" a caneta é fácil.

E se o problema é o financeiro, que a entidade máxima do futebol monte um plano de auxílio. Pois dinheiro é o que não falta.

Há alguns dias, escrevi sobre ganancia, mesquinhez. Agora, vejo que tudo isso beira o mau-caratismo. Deixar de pensar no ser humano, no próximo, para levantar outras bandeiras. Ou cifras. Mais uma vez, um ato de irresponsabilidade.

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