Dólar hoje 5,939
24° C em Arapiraca, AL Tempo nublado
André Avlis

Sobre o autor

Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 06/02/2020 09:43 | Atualizada em 06/02/2020 09:48

COPA DO BRASIL: A competição mais democrática do país não é tão democrática assim

Torneio teve início ontem (05) e tem término previsto para os dias 10 e 16 de setembro.

O termo que remete a democracia empregado na Copa do Brasil, até que pode está correto. No entanto, com algumas restrições.

A mudança do regulamento trouxe, logicamente, modificações no sistema de disputa. Então, antes de tudo, vamos entendê-lo.

O torneio é dividido em 8 fases. Na primeira, 80 clubes entram na disputa. A divisão para a definição dos confrontos é feita a partir de um sorteio. Os times são divididos em dois blocos (I e II) com 40 clubes cada. No I, os melhores ranqueados e no II, os piores (que têm o mando de campo) - de acordo com o Ranking da CBF.

Nessa 1ª fase , o time visitante tem a vantagem do empate. Ou seja, se empatar, está classificado. Na 2ª fase, caso a partida termine empatada, a decisão vai para os pênaltis. As partidas da 3ª fase serão disputadas em jogos de ida e volta; a partir daí, os confrontos da fase 4, 5 e 6 serão definidos por meio de sorteio onde todos poderão se enfrentar.

O outro ponto importante: os times classificados para a Libertadores, os campeões da Série B, Copa do Nordeste e Copa Verde; entram direto na fase de Oitavas de Final.

Pois bem, dito isto. Vamos lá.

Como toda democracia ou sistema democrático, a Copa do Brasil também não é perfeita. Lógico, tem vários fatores que a torna atrativa e atraente. Um deles: o montão de grana que ela distribui para quem for eficiente e "merecedor".

No entanto, em minha opinião, com restrições e limitações. Como por exemplo, a primeira fase. Onde, para mim, é algo cruel com o time de menor expressão ou tido como "pequeno". Na segunda fase, menos cruel, mas ainda dura - pois o objetivo do futebol é vencer e não empatar. Desse modo, a contradição de querer um melhor futebol impera.

Um exemplo clássico, até para ilustrar, de democratização justa é a Copa da Inglaterra (FA Cup). Não que eu queira europeizar a nossa Copa, mas o sistema adotado pelos ingleses é mais isento. Onde, caso aconteça empate na primeira partida, o jogo "Replay" acontece e a partir daí, caso o empate permaneça, acontece prorrogação e pênaltis.

Outro aspecto que não tem nada de democrático é a entrada de clubes em uma fase adiantada. Até porquê, se é democracia, então tem que ser igual para todos. Se torna algo desigual perante aos outros, você pular etapas. Um sistema de regulamento e critérios desiguais. É como se pulasse uma fila obrigatória por ter "poder".

Lógico, alguns desses fatores são implantados por conta de nosso calendário - até dá para tentar entender. O próprio que é deficitário, ruim e por muitas vezes ou sempre, bizarro.

No entanto, se querem usar tal termo. Que não seja apenas por possibilitar a participação de qualquer clube profissional brasileiro, que seja para deixar a disputa numa forma justa e igualitária. Pois, menos que isso, a democracia não é tão bem implantada.

Dito isto, para mim, o que chamam de democrática, não tão democrática assim.

O site Todo Segundo não se responsabiliza pelos conteúdos publicados nos blogs dos seus colaboradores.
Comentários

Utilize o formulário abaixo para comentar.

Ainda restam caracteres a serem digitados.
*Marque Não sou um robô para enviar.
Compartilhe nas redes sociais:

Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.


Instagram