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Luan Moraes

Sobre o autor

Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Alagoas, especialização em Gestão e Coordenação Pedagógica pela Faculdade São Tomás de Aquino e mestrado em História Social pela Universidade Federal de Alagoas.
Postada em 11/04/2023 22:31 | Atualizada em 11/04/2023 22:40

Entenda o que é TRI, o método de correção do Enem

E saiba porque a nota não corresponde ao número de acertos
Capa do post - Entenda o que é TRI - Foto: Professor Luan Moraes

Como era?

Até o ano de 2009, o Exame Nacional do Ensino Médio calculava os resultados dos candidatos com base na Teoria Clássica dos Testes (TCT), pela qual o número de acertos correspondia à nota. Porém, em 2010, o Inep, entidade responsável pela elaboração, aplicação e correção do Enem, determinou que um novo método de correção seria usado.

Se trata do famigerado TRI, a Teoria de Resposta ao Item. Essa forma de correção ficou conhecida como um método “antichute”, pois dá um jeito de identificar quando o candidato está chutando as respostas da prova.

Como é agora?

Para entender o TRI é necessário considerar que o Enem é dividido em áreas de conhecimento, nas quais o equilíbrio entre questões fáceis, médias e difíceis é priorizado. Ao considerar o nível de dificuldade das questões, o Inep elabora uma função matemática, que leva em consideração dois fundamentos:

  • Acerto casual: a chance de acertar no chute;
  • Discriminação: que é a capacidade da questão medir quem domina, ou não, o conteúdo.

Dessa forma, é elaborado um gráfico para cada questão, que visa mostrar quais as possibilidades de você acertar uma questão, ou seja, seu nível de proficiência.

Onde entra a probabilidade?

Em resumo, uma prova considerada incoerente é aquela na qual o candidato acerta mais questões difíceis e médias do que fáceis. É como se levássemos em conta um jogador de futebol diante de uma trave, se ele acerta bolas difíceis, de distâncias difíceis, ele não terá dificuldade em acertar o gol em curtas distâncias.

Logo, se tu acertaste uma questão fácil de História, e errou uma difícil, sua situação não é tão ruim, pois seu desempenho será considerado mais coerente.

#dicadoprofessor

Então, não devo chutar as questões que não sei? Essa, também não é a melhor estratégia. A dica é: busque garantir os acertos nas questões fáceis, pois isso vai assegurar a coerência da sua prova.

A quantidade é melhor que a qualidade?

Não! Absolutamente. Nem sempre, quem acertou mais questões terá mais nota do que quem acertou menos. Lembre-se, a prova mede a qualidade das questões que você acerta, levando em conta a sua proficiência nos conceitos básicos. Então, quem acertou 40 questões pode ter nota superior a quem acertou 45, pois tudo vai depender da famigerada Teoria de Resposta ao Item.

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