Professores da rede municipal de ensino de Cacimbinhas, Sertão de Alagoas, estão na bronca com a prefeitura local. A categoria cobra reajuste salarial referente as perdas salariais dos últimos quatro anos.

“Passamos um certo período sem receber o piso salarial, recebendo apenas 1.300,00 por mês e já faz tempo que foi dado entrada no enquadramento e não temos informação, nem onde se encontra o nosso processo e, desta forma nunca tivemos acesso ao prefeito para termos uma resposta”, disse uma professora que pediu para não ter o nome revelado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Izael Ribeiro, a defasagem já passa de 17%. Além disso, outra questão, é os enquadramentos dos servidores que após o cumprimento do estágio probatório solicitaram a mudança de nível e, desde estão tentando negociar com a gestão, mas a prefeitura não responde aos ofícios.

“A quase três anos iniciamos uma mesa de negociações com o objetivo de recompor o salário já defasado dos servidores, ao término de um detalhado estudo de rede foram elencados diversos problemas que deveriam ser resolvidos para o realinhamento da carreira. Com a saída do Secretário Arthur, as negociações foram paralisadas, existiram algumas tentativas de reestabelecimento da mesa de negociações, mas sem sucesso”, disse o presidente.

“Outro grande problema é em relação aos enquadramentos dos servidores que após o cumprimento do estágio probatório solicitaram a mudança de nível, desde então estamos tentando negociar com a gestão que não responde aos ofícios, se não estivesse na pandemia, provavelmente já teríamos paralisado as atividades no município. Isso vem se arrastando desde antes da pandemia. Esse governo municipal tem executado medidas de austeridade prejudicando e defasando o salário dos profissionais da educação. Queremos mais respeito aos trabalhadores da educação, esses profissionais mesmo em tempos difíceis como esse, vem contribuindo para uma sociedade melhor”, completou Izael Ribeiro.

Procurada pelo Portal Todo Segundo, a secretaria municipal de educação ainda não se manifestou sobre as reivindicações da categoria.