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Política
Postada em 07/07/2021 15:25 | Por R7

Renan Calheiros afirma ter provas de superfaturamento da Covaxin

Relator mostrou imagem com informações da memória de uma reunião de 20/11 e líder do governo refutou a tese: 'Não é prova'
Renan durante reunião da CPI do Senado - Foto: MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

Em um dos momentos mais tensos durante o depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias à CPI da Covid, nesta quarta-feira (7), o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou ter provas de superfaturamento da vacina Covaxin.

O imunizante é o mais caro entre os negociados pelo governo federal, e o contrato de R$ 1,6 bilhão é investigado tanto pela comissão quanto pelo MPF (Ministério Público Federal) por supostas irregularidades. A compra foi suspensa pelo governo.

Segundo Renan, inicialmente o preço da vacina por dose foi oferecido a US$ 10, mas o contrato acabou fechado a US$ 15 a unidade, ou seja, 50% em relação à proposta inicial. "É gravíssimo", alegou o senador alagoano.

Na sequência, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), desafiou o relator a apresentar a prova.

Renan, então, mostrou rapidamente uma imagem com informações da memória de uma reunião de 20 de novembro de 2020, data em que a Precisa Medicamentos teria oferecido a vacina indiana pelo preço de US$ 10 a dose.

Os parlamentares da situação afirmaram que esse documento não pode ser entendido como prova, já que não se constitui uma proposta formal. "É uma fake news", argumentou Fernando Bezerra (MDB-PE). "Não força a barra", pediu Marcos Rogério (DEM-RO).

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) destacou que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) mostrou documentos, ontem, com evidências de alterações nas negociação.

No debate, os senadores subiram o tom e Aziz cortou o áudio dos membros da comissão. Renan disse que a CPI provará o superfaturamento ainda na sessão de hoje.

O relator acrescentou que a demissão de Roberto Ferreira Dias é uma "confissão" do governo Jair Bolsonaro. O ex-diretor de Logística rebateu. "A minha exoneração se deve a esse fato esdrúxulo e inexistente de US$ 1. Foi feita de forma açodada, sem nenhuma verificação."

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