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Coisa da Política

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Postada em 26/06/2025 10:37

Paulão vota com Lula e contra o bolso do povo: única voz pró-IOF em Alagoas

Enquanto colegas rejeitaram aumento do imposto, petista optou por defender medida criticada nas ruas
Contra Alagoas, Paulão vota por mais imposto: única voz pró-Lula no aumento do IOF - Foto: Reprodução

Sete deputados federais de Alagoas disseram não ao aumento do imposto: Alfredo Gaspar, Arthur Lira, Fábio Costa, Daniel Barbosa, Isnaldo Bulhões, Marx Beltrão e Rafael Brito. Luciano Amaral preferiu se ausentar, o que também não pegou bem. Mas Paulão foi além — assumiu sozinho o ônus de votar contra o contribuinte, numa posição que repercutiu muito mal entre os eleitores.

Nas redes sociais, o alagoano reagiu com indignação. “Foi um tapa na cara do povo”, comentou um internauta. “Ano que vem ele vem pedir voto em Arapiraca. Se o povo tiver vergonha, vai dar a resposta”, disse outro. A revolta é compreensível: ao defender mais impostos em um dos momentos econômicos mais sensíveis do país, Paulão reforça o estigma de que parte da esquerda prefere arrecadar mais do povo do que cortar privilégios ou rever gastos.

É evidente que o governo precisa de receita. Mas aumentar o IOF — um imposto que encarece o crédito e sufoca empresas e trabalhadores — é caminhar na contramão da recuperação econômica. Em vez de impulsionar o crescimento, essa política desestimula o consumo e freia o empreendedorismo, especialmente nas regiões mais pobres, como o Nordeste.

O voto de Paulão expôs a desconexão entre o parlamentar e a realidade das ruas. Foi uma escolha política, sim, mas também ideológica. Paulão escolheu ficar com o Planalto, com Lula, com a velha cartilha de que é preciso cobrar mais do povo para manter a máquina pública girando. O problema é que quem gira é sempre o mesmo: o trabalhador, o comerciante, o pequeno empresário, a dona de casa.

A votação também escancarou a fragilidade da base governista em Alagoas, cada vez mais distante do Planalto. E mostrou que 2026 já começou. O eleitor está atento, de olho nas atitudes que afetam seu dia a dia. E Paulão, que já enfrenta dificuldades para se projetar eleitoralmente fora da bolha partidária, pode ter selado ali um desgaste difícil de reverter.

Até o momento, o deputado não se pronunciou. Mas o silêncio, nesse caso, fala muito. E o povo, em breve, falará também — nas urnas.

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