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Postada em 01/10/2014 18:05 | Atualizada em 02/10/2014 13:37 | Por Todo Segundo

Centro Xingó de Convivência com o Semiárido já é uma realidade

Espaço recém-inaugurado tem repercussão internacional e programação até final do ano
Centro Xingó de Convivência com o Semiárido já é uma realidade - Foto: Assessoria

Por Mariana Vasconcelos

O Centro Xingó de Convivência com o Semiárido possui estrutura física e atividades de pesquisa, extensão e suporte a programas de apoio ao produtor. O espaço foi projetado para ser uma referência para a agricultura do semiárido, através do desenvolvimento de pesquisas e estratégias para auxiliar os produtores a conviver com a seca ao invés de combatê-la.

O novo Centro Xingó, um espaço com 70 hectares, é composto por salas de aula, auditório, alojamentos, refeitório, casa camponesa, criadouros de ovinos, caprinos, aves, sistemas de irrigação e armazenamento de água, para mostrar que o produtor tem inúmeras possibilidades produtivas que podem ser aplicadas em sua propriedade. “No primeiro momento, quando foi extinto o Instituto Xingó, imediatamente procuramos a Chesf, fomos atendidos e imediatamente houve a transferência do imóvel. Não tivemos um centavo de gasto. Nossa equipe da Seagri trabalhou muito até que ficasse pronto para ser entregue aos produtores”, afirmou José Marinho, secretário de agricultura de Alagoas.

O projeto de construção de um espaço que seja abrigo de todos os agricultores do semiárido se deu através de uma parceria entre o Governo de Alagoas e a Secretaria de Agricultura que firmou um acordo de cessão do imóvel, pertencente à Companhia Hidrelétrica do São Francisco, onde funcionava o Instituto Xingó. O espaço foi construído para sanar a dívida social que a companhia tinha para com as famílias da região, após a construção da Hidrelétrica do São Francisco e desativação do Instituto Xingó, que deixou mais de 4 mil produtores sem apoio.

O Governador Teotônio Vilela afirmou que o trabalho do Centro Xingó é de grande importância, pois tem como principal função minimizar o sofrimento das pessoas. “Nós temos que dar condições para que as pessoas do sertão permaneçam no sertão, dar dignidade às famílias, ensiná-las técnicas e procedimentos, tecnologias para a produção e a produtividade de quem vive no sertão, o manejo do armazenamento de água, o manejo das plantas xenófilas, que são inerentes ao clima; manejo genético de animais e demais práticas que parecem simples, mas que fazem uma enorme diferença na vida dessas pessoas”, declarou o Governador.

Por sua vez, Luciano Barros, Superintendente de Inclusão Produtiva da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), e natural de Palmeira dos Índios, se disse bastante satisfeito com o que tem visto e acompanhado no dia-a-dia do desenrolar desse empreendimento. “São iniciativas ousadas como a criação do Centro Xingó de Convivência com o Semiárido, que nos fazem acreditar que as adversidades naturais, quando bem administradas em suas causas e consequencias, têm soluções. Basta vontade política para realizá-las”, enfatizou o superintendente Luciano Barros, que também é um dos coordenadores do Centro Xingó.

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