Da Assessoria

A situação em que o governo Júlio Cezar encontrou o município de Palmeira dos Índios é, no mínimo, caótica. Como se não bastassem todos os problemas deixados pela gestão anterior, a exemplo de folhas salariais atrasadas, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) fechada, pagamento do hospital e dos servidores em atraso, entre outros, a frota de ônibus escolar está totalmente sucateada. Dos 16 veículos existentes, 14 estão quebrados, com pneus “carecas”, sem bateria, sem chave de roda, sem emplacamento, peças e parte elétrica danificadas. Apenas um circula normalmente e outro está retido em Maceió, pela empresa que fazia anteriormente a manutenção nos carros do município, por falta de pagamento. Esse é mais um retrato da irresponsabilidade do governo anterior com a população palmeirense.

E para agravar ainda mais a situação, no ano passado, os ônibus rodavam com essas péssimas condições de uso e sem seguro, colocando em risco a vida dos cerca de 300 alunos, a maioria crianças, que utilizavam o transporte escolar diariamente. Por este motivo, a prefeitura contratou 20 vans para fazer o transporte dos estudantes, enquanto os ônibus aguardam conserto. “A gente precisou fazer isso para que as nossas crianças não ficassem sem transporte. Estamos aguardando o processo de licitação para que os consertos comecem, mas esperamos que, em um prazo máximo de trinta dias, os ônibus já voltem a circular com total segurança e conforto para os nossos estudantes”, explicou o coordenador de transportes do município Jaime Farias.

Quanto ao ônibus que está retido em Maceió, Jaime Farias disse que as providências para que a liberação do transporte aconteça já estão sendo tomadas. “As pessoas reclamam que os ônibus estão parados, sem rodar, mas é que precisávamos ter o processo de licitação para que possamos começar esses reparos, e isso demanda tempo. A empresa que venceu a licitação é de Palmeira, pois nem isso a gente encontrou aqui. Além disso, vamos recuperar o ônibus que está em Maceió. Ele foi no ano passado para manutenção mas nunca foi retirado por falta de pagamento”, completou Jaime.

O prefeito Júlio Cezar disse que por causa do péssimo estado de conservação dos ônibus, as vans foram contratadas, o que gera impacto financeiro para o município. “Se a gente tem ônibus, não precisaria fazer a contratação de outros veículos, gerando mais gastos para o município. Mas não seríamos irresponsáveis de deixar as nossas crianças em ônibus que não oferecem a menor segurança. Isso é um desrespeito à vida, e, além disso, elas precisam estudar. A frota está totalmente sucateada e vamos entregar um relatório aos órgãos de controle com toda a condição e situação desses ônibus amarelos. Não nos deixaram nem licitação para isso e outra empresa que vai ficar responsável em fazer esses reparos será licitada. Não podemos desrespeitar o nosso povo. Por isso, as medidas jurídicas necessárias serão ser tomadas”, afirmou o prefeito.