Ascom Semarh

O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Artur Ferreira, reuniu-se nesta quinta-feira (25) com o secretário-executivo do Gabinete do Governador, Herbert Motta, e o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Edvaldo Nunes, para discutir a situação dos municípios alagoanos que ainda sofrem os efeitos da estiagem prolongada registrada nos últimos anos.

Os índices pluviométricos de todo o Estado vêm registrando, desde 2012, chuvas abaixo da média histórica, principalmente nas regiões Sertão e Agreste, onde mais de 50 municípios tiveram Estado de emergência decretado e renovado. No entanto, com a normalização das chuvas em 2014, os municípios não conseguiram renovar o decreto. De acordo com Artur Ferreira, a Defesa Civil Nacional possui uma instrução normativa que inviabiliza a renovação. “Não é possível comprovar, ainda, o prejuízo de 2,77% na receita líquida dos municípios, apesar de sabermos que isso é uma realidade”, afirma.

Equipes do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) e da Defesa Civil Estadual irão a campo durante as próximas semanas para verificar os danos nos rebanhos, plantações e abastecimento da zona rural, por meio das cisternas de água. Dados da Semarh comprovam que os índices pluviométricos de 2014 também estão alterados. Choveu acima da média em alguns meses, como setembro, mas a quadra chuvosa - que normalmente abrange os meses de abril a agosto - começou tardiamente e pode ter prejudicado os agricultores.

“Não é que estejamos em situação de emergência por causa da estiagem, mas sim, pela perda econômica causada por ela”, diz Herbert Motta. O secretário-executivo afirma que o Governo do Estado está trabalhando em conjunto com os municípios para conseguir os decretos de emergência e garantir os benefícios necessários.