Do Todo Segundo

O município de Palmeira dos Índios, celebrou seus 127 anos de emancipação política neste sábado (20). Para celebrar a data, a cidade contou com desfile escolar, mas sem motivos para comemorar a  emancipação.

O evento que ocorreu na rua Manoel Gomes da Silva,  foi aberto por volta das 14h30, com o hasteamento das bandeiras. O desfile escolar foi animado por bandas fanfarras. Ao todo, desfilaram 21 instituições, entre escolas municipais, estaduais e particulares.

Sem ter o que comemorar
Marcada pelo colapso econômico, a cidade não consegue crescer, gerar emprego ou atrair investidores como ocorreu anos atrás, em razão de péssimas administrações, falta de projetos, e, sobretudo a busca de soluções para o desenvolvimento. O problema foi agravado com o desemprego e a falta de políticas públicas e a cidade já perdeu a terceira posição para Rio Largo. O município parou no tempo e conta hoje cerca de 74 mil habitantes.

A empresa Algolim, beneficiadora de algodão, que oferecia empregos diretos na cidade e indiretos no campo encerrou suas atividades. Uma empresa de torrefação de café também seguiu o mesmo caminho da paralisação das atividades provocando desemprego.  Atualmente, as duas indústrias em atividades no município, a Indústria de Laticínios de Palmeira dos Índios – Ilpisa, e a Bona Sorte, infelizmente atravessam séria crise financeira.

Obras paralisadas
Basta percorrer algumas ruas de Palmeira dos Índios para perceber que as principais obras do município estão paralisadas. A maior obra do município, com recursos do governo federal, a barragem do Balsamo, que seria a redenção econômica do município com produção de alimentos através de projetos de piscicultura e irrigação, está com as obras paralisadas há vários anos.

A obra, de grande importância social e localizada entre os estados de Alagoas e Pernambuco, nos municípios de Palmeira dos Índios e Bom Conselho, já consumiu recursos na ordem de R$ 13 milhões e está orçada em R$ 20 milhões. No local do canteiro de obra tudo está abandonado e muito do que foi realizado se deprecia pela ação do tempo.

O que era para ser um dos principais polos de geração de emprego e renda de Palmeira dos Índios e região se transformou em uma grande decepção para moradores e empresários que esperam a mais de dois anos a construção do Polo Multissetorial do município. Tudo não passou de uma grande ilusão e o que se vê no local é uma situação de abandono e nenhuma perspectiva de início das obras.