Do Todo Segundo

Palmeira dos Índios, segunda-feira, 02 de novembro de 2015, Dia de Finados. Muita gente aproveitou a data para lembrar-se dos parentes e amigos que já morreram, mas permanecem vivos no coração e na memória.

Enquanto outras pessoas aproveitaram o clima de oração para ganhar um dinheiro extra com a venda de velas e coroas de flores. No Cemitério São Gonçalo, localizado no bairro São Cristóvão, as portas foram abertas às 5h, quando foi celebrado uma missa para os familiares. 

A saudade e as lições aprendidas fizeram com que José Alípio de Lira viesse de Bom Conselho/PE, para prestar homenagens ao pai. Ao lado da esposa e de uma filha, ele rezou um terço, na intenção do seu ente querido, uma forma de demonstrar o carinho e o respeito, aquele que permanece vivo em sua memória.

“Há 51 anos venho a Palmeira dos Índios, pois o dia 2 é sempre marcante, porque nós acreditamos que não podemos esquecer jamais as pessoas que fizeram parte da nossa vida. O meu pai era comerciante aqui, morreu em 64, e foi enterrado aqui, e não podemos deixar de prestarmos nossas homenagens”, disse.

Já os primos Edson Guedes e Honorato Guedes, contam que todos os anos comparecem no local e que o motivo da visitação, além das orações, são as saudades de seus entes queridos. “Morro em Porto Real do Colégio, mas sempre venho todo ano a Palmeira dos Índios, pois é uma forma de demonstrar respeito aos meus parentes que já partiram para o outro lado da vida”, contou Honorato bastante emocionado.

Renda extra
As homenagens aos mortos também ajudam muita gente a ganhar um bom dinheiro. A entrada do cemitério São Gonçalo foi transformada em comércio de flores. “Dá para ganhar uma renda extra. Graças a Deus consegui ter um lucro de quase R$ 400,00”, contou a vendedora Ivonete Ferreira.

Mas para faturar no Dia de Finados é preciso muita preparação. “A gente compra as flores em Caruaru/PE, para que possamos lucrar nessa época. As pessoas que vem homenagear os parentes ou amigos e sempre compra”, explicou a vendedora Raquel Melo da Silva, que trabalha na data em frente ao cemitério há 30 anos.