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Coisa da Política

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Postada em 06/06/2025 11:55

De FHC a Vilela, PSDB perde força e caminha para fusão com o Podemos

Tucanato perde força e vira legenda de aluguel em um sistema político marcado pela falta de identidade
De FHC a Teotonio Vilela, legenda perde relevância e será absorvida por um partido sem ideologia - Foto: Reprodução

O PSDB, que um dia brilhou sob o comando de Fernando Henrique Cardoso e deixou marcas em Alagoas pelas mãos de Teotonio Vilela Filho, está à beira da fusão com o Podemos — movimento que sela o destino de uma legenda que já foi símbolo de estabilidade e modernidade.

Em Alagoas, o tucanato viveu seu auge sob Téo Vilela, que governou o estado por dois mandatos (2007-2014) e liderou importantes articulações políticas. O ex-governador projetou o PSDB como um dos principais protagonistas do cenário local, mas desde então a sigla perdeu força, espaço e, principalmente, identidade.

A fusão com o Podemos — partido ao qual é filiado o vice-prefeito Rodrigo Cunha — representa mais que uma mudança de nome ou de estatuto. É a constatação de que o PSDB já não se sustenta como força política independente e se junta a uma legenda que, a exemplo do PSD de Kassab, adota um perfil pragmático e amorfo: nem de direita, nem de esquerda, nem de cima, nem de baixo.

Esse pragmatismo, hoje regra geral no Brasil, contrasta com o que o PSDB representou nos anos 1990 e 2000, quando ajudou a consolidar o Plano Real e serviu de contraponto ao PT no cenário nacional. No entanto, a legenda se esvaziou eleitoralmente e ideologicamente, a ponto de se tornar apenas mais uma sigla em busca de tempo de TV, acesso a fundo partidário e acomodação de interesses.

Em Alagoas, onde Teo Vilela já não mantém mais a mesma influência política, o movimento sinaliza que o partido que ele um dia comandou está se dissolvendo em meio a uma sopa de siglas — todas parecidas, todas adaptáveis às conveniências do momento.

No final, o que sobra é o retrato de uma política brasileira que trocou a disputa de ideias por acordos de bastidores. O tucanato que voou alto com FHC e Téo Vilela agora se prepara para pousar de vez no ninho de um partido que se define, basicamente, por não ter definição nenhuma.

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