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Coisa da Política

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Postada em 04/06/2025 16:37

JHC e o vai-e-vem partidário — PSD, PSB e o jogo de bastidores

Amizade com João Campos pode ajudar, mas resistências internas do PSB dificultam retorno dele à legenda
JHC e o vai-e-vem partidário — PSD, PSB e o jogo de bastidores - Foto: Reprodução

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), ensaiou migrar para o PSD. A movimentação, embora discreta, parecia ganhar força nos bastidores. Mas a relação política e pessoal entre o ex-prefeito Rui Palmeira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acabou por esfriar a negociação: JHC não queria dividir espaço com quem hoje circula próximo ao núcleo petista.

Do PSD, a bola da vez passou a ser o PSB, partido por onde JHC já passou em outra fase da carreira. Mas, de novo, o xadrez interno acabou colocando barreiras no tabuleiro. A informação de que Paula Dantas — como revelou o blog do Odilon Rios — emplacou um cargo na direção nacional da legenda soou como um novo sinal vermelho para o retorno de JHC ao ninho socialista.

Ainda que João Campos (PSB-PE) seja amigo pessoal de JHC e possa abrir portas, há resistências consideráveis dentro da legenda. “Socialistas” influentes não veem com bons olhos o retorno de alguém que, ao longo do mandato, não se notabilizou nem por bolsonarismo explícito nem por lulismo — ainda que de forma moderada.

É justamente esse perfil que deixa JHC em uma encruzilhada política: para não se complicar com o eleitorado que o elegeu, ele precisa de uma legenda “nem carne nem peixe” — aquelas que, sem identidade ideológica firme, servem apenas aos interesses de quem as controla.

Opções não faltam: de partidos nanicos a siglas de aluguel, o mercado político oferece abrigo a quem tem mandato e força eleitoral. Mas, de todas as legendas, o PL — onde o prefeito está atualmente — parece cada vez menos confortável, seja pela pressão da ala bolsonarista ou pela dificuldade de manter coesão interna.

Tempo, ao menos, ele tem: até 2026, JHC pode costurar alianças, sondar possibilidades e esperar a conjuntura nacional se acomodar. Mas, como sempre, em política, cada movimento tem um custo — e as portas, uma vez fechadas, nem sempre se abrem novamente.

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