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Paulo Marcello

Sobre o autor

Paulo Marcello Tavares - Natural de São Paulo (SP), é radialista profissional (locutor e repórter) desde 1988, além de apresentador e animador de eventos, mestre de cerimônias e DJ. Reside em Arapiraca (AL), onde apura os bastidores da política alagoana.
Postada em 04/05/2022 18:54

PF vai investigar desvio de verba contra Covid para rádios de Renan e Luciano Barbosa

Denúncia vem sendo apurada pelo Ministério Público Federal (MPF) desde 2020
Renan Filho e Luciano Barbosa - Foto: JB

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para aprofundar a investigação sobre a denúncia feita por deputados estaduais, com base na prestação de contas publicada no Portal da Transparência, de que o Governo de Alagoas teria desviado recursos exclusivos para o enfrentamento da Covid-19 para campanhas publicitárias nas rádios do ex-governador Renan Filho e do prefeito Luciano Barbosa (Arapiraca).

A denúncia vem sendo apurada pelo Ministério Público Federal (MPF) desde 2020 e o caso está sendo apurado em sigilo. Por este motivo, nenhum detalhe do que está sendo analisado será divulgado.

Esta semana, a Folha de São Paulo teve acesso a notas fiscais e publicou uma matéria denunciando que as emissoras de rádio pertencentes ao ex-governador e ao prefeito de Arapiraca receberam, pelo menos, R$ 1 milhão e 200 mil da Secretaria de Comunicação (Secom) nos últimos dois anos para veiculação de spots e jingles do Governo do Estado. Segundo o deputado estadual Davi Maia, a publicidade deveria ter sido utilizada para o enfrentamento à pandemia.

As emissoras beneficiadas seriam do Sistema Costa Dourada que possui várias rádios em Alagoas, entre elas a CBN e a Rádio Correio, ambas em Maceió. Segundo a página da Receita Federal, Renan Filho aparece como sócio majoritário enquanto que Luciano Barbosa é sócio da Rádio Correio junto com José Queiroz de Oliveira, atual assessor especial na Secretaria de Estado da Educação (Seduc), onde LB foi secretário por quase seis anos.

Advogados ouvidos pela Folha de São Paulo avaliam a possibilidade de o ex-governador do Estado ter cometido ato de improbidade administrativa ao ter repassado, de forma indireta, mais de R$ 1 milhão a rádios, cujas concessões pertencem a Renan Filho e Luciano Barbosa, para veiculação de propaganda institucional.

 

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