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Valdenice Guimarães

Sobre o autor

Valdenice Guimarães: É Psicóloga Comportamental, Historiadora, Escritora, Palestrante, Psicóloga especialista em Terapia de Casal. Pós-graduada em Teorias e Técnicas Comportamentais: Educação, Pesquisa e Terapia. CRP/153816
Postada em 02/10/2018 16:47 | Atualizada em 02/10/2018 16:48

Prevenção do Câncer de Mama

Durante séculos, a prática da medicina teve como objetivo principal a identificação e a cura das doenças. Pouco se falava sobre prevenção. Hoje, a situação mudou completamente, a saúde é um bem precioso e precisa ser conservada.

O movimento chamado OUTUBRO ROSA, teve início na década de 1990, com o objetivo de estimular a participação da população no controle do câncer de mama.

Anualmente, neste mês, acontece uma campanha para divulgar informações sobre o câncer de mama, promover mais conhecimento sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento. Desse modo, pretende-se contribuir para a redução da mortalidade.

O que aumenta o risco?

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele não tem uma causa única.

São vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença.

Alguns fatores que aumentam o risco da doença: endócrinos, a história reprodutiva e hormonal; comportamentais e ambientais; além de fatores genéticos e hereditários.

Entre os fatores da história reprodutiva e hormonal estão: primeira menstruação antes de 12 anos; não ter tido filhos; primeira gravidez após os 30 anos; não ter amamentado; parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) e ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos. Entre os fatores comportamentais ambientais estão: obesidade e sobrepeso após a menopausa; sedentarismo (não fazer exercícios); consumo de bebida alcoólica; exposição frequente à radiações ionizantes (Raios-X). Por fim, em relação aos fatores genéticos e hereditários, destaca-se a história familiar de câncer de ovário; casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos; história familiar de câncer de mama em homens e alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

Importância do autoexame.

O autoexame deve ser praticado mensalmente entre o 7º e o 10º dia contados a partir do 1º dia da menstruação. As mulheres que não menstruarem, devem escolher um dia do mês.

Como fazer o autoexame?

É necessário observar a mama, o mamilo e as axilas.
Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, coloque a mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda. Já os mamilos, é preciso pressionar suavemente para verificar se há alguma secreção. Ao verificar as axilas, apalpe toda a área debaixo dos braços.

O autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

Mamografia, é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações.

A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de 4 em cada 5 casos ocorrem após os 50 anos).

Já o câncer de mama de caráter genético/hereditário, corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.

Homens também podem ter câncer de mama, mas somente 1%
do total de casos é diagnosticado em homens.

Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença, mas isso tem mudado. Houve um aumento na incidência de câncer de mama em mulheres jovens na última década. Em mulheres com menos de 35 anos, a incidência no Brasil hoje está entre 4% e 5% dos casos.

Como podemos discriminar sinais e sintomas?

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: nódulo fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço e saída espontânea de líquido dos mamilos.

Ao observar qualquer alteração nas mamas, as mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres, fazendo o autoexame.

É muito importante que as mulheres observem suas mamas sempre. Não é necessária uma técnica específica, mas estar atenta a qualquer tipo de alteração é imprescindível.

Podemos prevenir o aparecimento de qualquer doença?

Infelizmente não. A medicina ainda não evolui a este ponto. Mas, para muitas patologias já existem diversos exames que podem ser feitos de modo preventivo, entre eles está o câncer de mama.

O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento contra qualquer tipo de câncer. Portanto, prevenir é sempre melhor que remediar.

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