Dólar hoje 5,813
21° C em Arapiraca, AL Parcialmente nublado
coronavírus
Postada em 05/07/2021 16:33 | Atualizada em 05/07/2021 16:35 | Por Assessoria

Alagoas se aproxima de controle da transmissão, mas momento exige cautela

Números seguem em patamares elevados e exigem manutenção das medidas de distanciamento, avaliam pesquisadores do Observatório
Os números da Covid-19 em Alagoas voltaram a cair durante a 26ª Semana Epidemiológica - Foto: Arquivo / Sesau

Os números da Covid-19 em Alagoas voltaram a cair durante a 26ª Semana Epidemiológica, evidenciando o início próximo de uma nova situação de controle da pandemia caso a atual tendência seja mantida, segundo o levantamento do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC). Apesar da redução, os números continuam em patamares elevados e exigem a manutenção das medidas de distanciamento para se consolidarem, de acordo com os pesquisadores. Foram 4.890 casos e 139 óbitos registrados no decorrer da semana.

Em relação à semana anterior, esses números representam reduções de 9% e 5% em casos e óbitos, respectivamente. Mais uma vez, as ocorrências foram predominantes no interior do estado, porém

Maceió e a 5ª Região de Saúde tiveram aumentos simultâneos de casos e óbitos nos último quatorze dias, o que exige um monitoramento e a implementação de medidas para controlar novos focos de transmissão.

Arapiraca ainda é a localidade com a maior incidência de infecções, com 341 casos por cem mil habitantes, seguida pela 10ª e 8ª RS, com 175 e 173 casos por cem mil habitantes. Na liderança dos óbitos, a 10ª Região de Saúde registrou 8,1 mortes por cem mil habitantes. Em seguida, aparecem Arapiraca (6,0) e a 1ª RS (5,4). Em todo o estado, a média foi de 146 novos casos e 4,2 novas mortes para cada 100 mil habitantes.

O número de casos suspeitos ao fim da semana epidemiológica também foi menor que o observado na semana anterior. No último sábado (03), foram 12.276 casos em investigação, um número ainda elevado, mas o menor observado nas últimas oito semanas no estado. O número de testes RT/PCR realizados semanalmente pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) caiu pela terceira semana consecutiva, com 4.332 testes.

Desse total, 33% apresentaram resultado positivo, consolidando uma tendência de queda na parcela de confirmações de suspeitas de infecção. Os pesquisadores do Observatório alertam, contudo, que esse número segue elevado, ainda mais em um contexto em que 12 mil casos estão em investigação pelas autoridades sanitárias.

A ocupação dos leitos de UTI do estado também entrou em movimento decrescente, voltando ao patamar abaixo de 70%, considerado uma margem de segurança pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste. Dos 400 leitos ofertados neste domingo (04), 267 estavam ocupados, uma proporção de 67%. Apesar disso, a situação é desigual pelo estado, conforme apontado periodicamente pelo OAPPEC.

Dos dez municípios alagoanos com leitos de UTI exclusivos para o tratamento da Covid-19, cinco ainda estão com ocupação acima de 70%. Coruripe se encontra com 100% dos leitos ocupados, com taxas elevadas também em Arapiraca (95%), São Miguel dos Campos (80%), Palmeira dos Índios (80%) e Santana do Ipanema (73%). Em Maceió, onde ficam mais da metade dos leitos do tipo do estado, a taxa de ocupação era de 60%.

Vacinação recorde

A 26ª Semana Epidemiológica foi também a semana com o maior número de doses aplicadas no estado, com quase 133 mil doses, um aumento de 19% comparado à semana anterior. São 1,44 milhão de doses aplicadas em todo o estado, e 17 mil dessas são do imunizante fabricado pela Janssen, que necessita de uma única dose.

Assim, 1,05 milhão alagoanos já receberam a primeira dose, dos quais 369 mil também foram imunizados com a segunda. Esses números correspondem a cerca de 48% e 17%, respectivamente, da população adulta (18 anos ou mais) alagoana. Entre a população geral, que inclui crianças e outros grupos que não são o público-alvo da vacina, 31% foram vacinados com a primeira, e 11% com ambas. Estimativas apontam que, para a imunidade coletiva, 70% da população deve ser vacinada, uma realidade ainda distante.

Com os sinais animadores de melhora na situação epidemiológica e o avanço na imunização, o momento exige cautela das autoridades e da população, segundo avaliação do OAPPEC. Com os dados ainda mostrando números elevados, medidas como o uso de máscara e o distanciamento social ainda são importantes para o controle da transmissão, bem como políticas públicas consistentes. A experiência internacional demonstra que a imunização em massa é a saída mais segura e eficaz da pandemia, permitindo o retorno de atividades que se encontram paralisadas atualmente.

Comentários

Utilize o formulário abaixo para comentar.

Ainda restam caracteres a serem digitados.
*Marque Não sou um robô para enviar.
Compartilhe nas redes sociais:

Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.


Instagram